Técnico australiano foi banido dos torneios após agredir parceiro de treinos do filho e porta-voz nos EUA avisa: "nosso desejo é dificultar ao máximo a entrada dele"
Por Matheus Martins Fontes, da redação em 26 de Agosto de 2013 às 09:49
Nova York (Estados Unidos) - Chris Widmaier, porta-voz do US Open, afirmou que a Federação Norte-Americana de Tênis (USTA, sigla em inglês) negou o pedido do australiano Bernard Tomic, que havia pedido uma credencial para o pai, John Tomic, para o US Open apesar de o genitor ter sido banido das quadras por agredir um parceiro de treinos do filho em meados dessa temporada.
John Tomic (à dir. de blusa azul) acompanhou o filho Bernard em Queen's mesmo após banimento pela ATP
"Optamos por não credenciá-lo", Widmaier disse em entrevista no último domingo. "Nosso desejo é dificultar ao máximo a entrada dele [John Tomic] no US Open", completou.
Em maio, John Tomic foi acusado de quebrar o nariz do parceiro de treinos do filho Bernard durante o Masters 1000 de Madri e, dessa forma, a ATP e a ITF baniram o técnico de acompanhar as partidas de Bernard no circuito.
Assim que venceu a primeira rodada do torneio de Wimbledon, no final de junho, o tenista australiano criticou a entidade pela decisão de afastar o pai de seus compromissos pelo circuito profissional. Tanto Wimbledon quanto Roland Garros não permitiram que John Tomic ocupassem as instalações dos torneios, mesmo que o pai de Bernard quisesse comprar um bilhete para acompanhar o filho da arquibancada.
Widmaier também disse que o US Open seguirá essa atitude. "Nossos funcionários dos portões, que passam os scanners nos bilhetes, serão informados de que ele não é um convidado bem-vindo. Seria dentro de nosso direito escoltá-lo para fora do complexo", comentou o porta-voz, sem determinar qual será a política exata para barrar uma possível presença de John Tomic.
Bernard Tomic, 52° do ranking, estreia hoje no US Open contra o espanhol Albert Ramos nessa segunda-feira. É bom que os seguranças fiquem de olho nas arquibancadas do Grandstand, já que o pai do australiano foi flagrado no ATP de Queen's, antes de Wimbledon, em período que já estava proibido de ver jogos in loco do filho.