"Sou um dos únicos que podem desafiar Nadal e Federer", diz o confiante Djokovic

Sérvio vem embalado de título no Aberto da Austrália e revela que está jogando seu melhor tênis da carreira em 2011

Da redação em 17 de Fevereiro de 2011 às 06:27

Djokovic começou o ano com título no Aberto da Austrália, segundo na carreira do sérvio
A temporada não poderia ter começado de forma melhor para Novak Djokovic. Desbancando novamente Roger Federer em uma semifinal de Grand Slam, o sérvio foi impecável em sua estratégia na Austrália e conquistou seu segundo título de Major na carreira, novamente na terra dos cangurus.

Carismático sérvio acredita que pode desbancar hegemonia de Nadal e Federer
De quebra, o triunfo de Nole na Oceania, no último mês, o colocou na briga pela vice-liderança do ranking mundial. Nos últimos seis meses, o jogador de 23 anos é considerado um dos únicos a desbancar a hegemonia dos líderes absolutos Nadal e Federer e, tendo consicência disso, Djokovic não esconde que seu real objetivo em 2011 é alcançar o posto de número um do mundo. "Roger e Rafa ainda são os dois jogadores dominantes do circuito e merecem estar no topo. Mas, é bom ter jogadores que são capazes de desafiá-los em torneios Grand Slam. Eu sou um desses atletas que tenta enfrentá-los de igual para igual", declarou o carismático jogador.

Ao comentar sobre sua vitória em Melbourne, Djokovic fez questão de enfatizar que o título foi dedicado para todos os compatriotas. Um de milhões de cidadãos sérvios que enfrentou as mudanças políticas durante a década de 90, o número três do mundo revelou que a experiência da guerra no país foi fundamental para que ele amadurecesse na vida. "Este (Aberto da Austrália) é um troféu para todos na Sérvia. Temos passado por muitas coisas, como país e isto é algo que todo mundo quer deixar para trás. Foi difícil crescer num país dilacerado pela turbulência econômica, política. Nós sobrevivemos às sanções da década de 1990. Eu passei o tempo na Sérvia, juntamente com meus companheiros da equipe da Copa Davis, mas como fizeram Ana Ivanovic e Jelena Jankovic - fomos crescendo durante a guerra. No entanto, quando você olha para trás e analisa tudo isso, você começa a valorizar mais a vida e apreciar os seus verdadeiros valores. Eu tenho uma relação especial com o meu país e para ajudar aquelas pessoas que estão na Sérvia, é nosso dever representar nossa pátria", revelou Nole.

"Chegou minha hora. Estou jogando meu melhor tênis da carreira", disse Djokovic
Jogando um tênis eficiente e sólido do fundo da quadra, o sérvio acredita que a tendência do circuito é privilegiar os jogadores mais agressivos e, portanto, deve se impôr para conseguir chegar ao seu objetivo. "O tênis mudou muito nos últimos anos.Se eu comparar o jogo com o que era há três anos, quando venci em Melbourne, posso fizer que, hoje em dia, todo mundo está batendo cada vez mais forte e todos estão mais em forma. Acredito que minha hora chegou, pois estou jogando o melhor tênis de minha carreira", concluiu Djokovic, que deve jogar agora apenas em março, no Masters 1000 de Indian Wells.

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