"Somos vítimas de nosso sucesso", declara Roddick sobre má fase do tênis norte-americano

Ex-líder do ranking declarou que EUA ainda tem papel importante no circuito apesar do esporte no país não ter mais representantes no top10

Da redação em 10 de Maio de 2011 às 07:15

Roddick comentou sobre má fase do tênis dos EUA, que não tem representantes no top10 pela primeira vez na história
Eliminado na estreia do Masters 1000 de Roma, o norte-americano Andy Roddick acumulou mais um fracasso na temporada e parece já estar cansado de responder perguntas a respeito da decadência do tênis de seu país, que viu nenhum representante no top10 tanto no masculino quanto no feminino pela primeira vez na Era Aberta.

Roddick foi número um do mundo, mas vive má fase no circuito
As irmãs Williams seguem ladeira abaixo na lista da WTA devido ao afastamento das quadras por lesões e os Mardy Fish é o melhor classificado na ATP com o 11º posto. "Se vocês nos comparar com a maioria dos países, diria que estamos ainda saindo na frente", declarou Roddick, que foi o último representante entre os homens a conquistar um Grand Slam para os EUA (US Open de 2003).

Aos 28 anos, Roddick terminou no top10 pelo décimo ano consecutivo na temporada passada, mas passapor momento difícil em 2011 com seguidas eliminações nas primeiras rodadas e parece que o físico vem fazendo a diferença. O melhor resultado do ex-líder do ranking foi o título do ATP 500 de Memphis, em fevereiro.

Irmãs Williams conquistaram 20 títulos de Grand Slam e dominaram o tênis por muitos anos
"De um certo ponto, a única parte que me confunde é como ando respondendo essas perguntas e esta é minha responsabilidade. Sinto que fiz minha parte por mais de uma década, ando fazendo meu trabalho por muito tempo", desabafou  Roddick, que ocupa atualmente a 12a posição.

Além da queda de produção entre os homens, o tênis feminino estadunidense também anda passando por dificuldades. Com um total de 20 Grand Slams de simples, as irmãs Williams sempre foram o foco principal da modalidade desde o final da década de 1990. Hoje em dia, a responsabilidade de "carregar nas costas" cai no colo de Bethanie Mattek-Sands, número 37 do ranking, e da jovem Christina McHale, recém integrante do top100.

Mesmo assim, Roddick afirma que não há razão para pânico e fez comparações com outras nações, que também não passam por bom momento no esporte. "Não há nenhuma grande crise no tênis norte-americano do que há no italiano. Somos vítimas de nosso próprio sucesso ao longo dos anos no esporte", concluiu.

Agassi e Sampras foram grandes campeões na década de 1990
Antes da geração de Roddick, o quarteto - Pete Sampras, André Agassi, Jim Courier e Michael Chang - conquistou ao todo 26 troféus de Grand Slam. Pelo lado das mulheres, após a aposentadoria de Chris Evert, vencedora de 18 Majors, um grupo de grandes atletas apareceu para deixar o nome na história do tênis antes do surgimento das Williams. Foram o caso de Monica Seles, dona de nove Slams, Lindsay Davenport e Jennifer Capriati, com três taças cada.

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