Raquete voando, duelo de altas horas e adeus de musa marcam terceiro dia na Austrália

Terça-feira em Melbourne também teve retirada de Daniel, vitórias de Bellucci e Del Potro e a incrível bicicleta de Clijsters diante de Safina

Da redação em 18 de Janeiro de 2011 às 16:00

Gaúcho Marcos Daniel ficou pouco tempo em quadra diante de Nadal
O segundo dia de competições no Aberto da Austrália foi recheado de grandes emoções para os fãs do melhor tênis do mundo. Em apenas 14 horas (considerando que a rodada começou às 11h e foi até à 1h da madrugada australiana), o complexo de Melbourne Park reservou uma série de surpresas para os milhares de espectadores que compareceram ao primeiro Grand Slam da temporada.

Para o público brasileiro, era a certeza de um compatriota na segunda rodada do torneio com o duelo entre Bellucci e Mello. Em batalha que passou das três horas e meia, debaixo do forte sol da cidade australiana, o paulista de Tietê prevaleceu em cinco disputados sets e se tornou o único representante do país na próxima fase, já que horas antes, Marcos Daniel lutava contra uma lesão no joelho e também diante de um certo espanhol chamado Nadal. Em menos de uma hora, o experiente gaúcho se despedia do primeiro Major do ano. De consolo, ficava a experiência de estar por alguns minutos na maior quadra do torneio, a Rod Laver Arena.

Del Potro foi um dos destaques desta terça em Melbourne
A alguns metros das principais quadras do complexo, a polonesa Agnieszka Radwanskaprotagonizava a cena mais inusitada do evento até aqui. Durante a longa partida contra a quarentona Kimiko Date Krumm, a jovem de 21 anos viu sua raquete voar pela quadra ao disparar um golpe na devolução. A reação da plateia, e da própria atleta, foi de espanto com a hilária imagem de Radwanska segurando apenas o cabo de seu equipamento. Por sorte, a nova raquete parece que trouxe sorte à polonesa, que venceu por 8/6 no terceiro set. E, após o sol ter dado adeus aos céus da Austrália, a noite chegava mais rápida do que a duração do primeiro jogo noturno da Rod Laver. Kim Clijsters não mostrava compaixão e simplesmente passou por cima de Dinara Safina com uma bicicleta em apenas 44 minutos.

Musa Ivanovic deu adeus ao Slam australiano nesta terça-feira
Ao lado, na Hisense Arena, o público (principalmente o masculino) lamentava a queda da "queridinha" Ana Ivanovic em três sets diante da russa Makarova no local em que considerava perfeito para atuar. Na quadra 3, um conhecido das quadras australianas tinha muito trabalho para seguir vivo - Marcos Baghdatis, ao lado da barulhenta torcida grega - passava pelo esloveno Grega Zemlja em cinco sets e marcava o duelo mais interessante da segunda rodada em Melbourne. O confronto diante de Juan Martin Del Potro, que procura voltar à grande forma que o levou ao título do US Open há dois anos, será, com certeza, em uma das quadras principais na próxima quinta-feira e promete um show de grandes jogadas.

E, para terminar o dia, ou melhor, invadir a madrugada de quarta-feira na Austrália, o ídolo Lleyton Hewitt enfrentava um grande rival de longos tempos, o argentino David Nalbandian na melhor entre as 128 partidas. Teria algo melhor para o sulamericano em vencer o indigesto adversário em sua própria casa? A resposta não teria sido tão proveitosa se não fosse a grande virada que o jogador de Córdoba aprontasse para cima de 15 mil pessoas. Match-points contra, provocações, quebras de saque, tudo foi um prato cheio para que o lob final do experiente hermano coroasse uma grande atuação e o desfecho do "apenas" o segundo dia de competições em Melbourne Park.

No duelo que invadiu a madrugada em Melbourne, Nalbandian derrotou Hewitt em batalha de mais de 4h

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