No próximo dia 9, sérvio recorre ao CAS por redução de pena de 18 meses e caso pode influenciar numa mudança no sistema em 2014
Por Matheus Martins Fontes, da redação em 4 de Outubro de 2013 às 16:25
Belgrado (Sérvia) - A Federação Internacional de Tênis (ITF) pode alterar uma das regras do sistema antidoping por causa da polêmica envolvendo o sérvio Viktor Troicki, que recebeu a punição de 18 meses pela entidade por se recusar a fazer um exame de sangue durante o Masters 1000 de Monte Carlo, em abril.
Troicki alegou, na ocasião, que estava se sentindo mal e apenas forneceu uma amostra de urina. Depois que saiu o veredicto da pena, o sérvio reclamou da fiscal em Monte Carlo, dizendo que ela teria o incentivado a fazer o teste no dia seguinte.
Ela, todavia, mostrou outro ponto de vista e a ITF concordou em punir Troicki. Ele só voltará a jogar em janeiro de 2015.
Diante de toda essa confusão, a entidade pode providenciar algumas mudanças no sistema antidoping. "É provável que as regras do programa antidoping sejam alteradas em 2014, ficando claro o seguinte - se o jogador se recusar a fornecer uma amostra (como o Sr. Troicki), o fiscal do controle antidoping deve tentar oferecer a ele uma oportunidade de falar ao supervisor do evento ou árbitro para confirmar as suas resposabilidades junto ao programa", declarou Stuart Miller, gerente do programa antidoping da ITF.
Troicki, por sua vez, está esperançoso pela redução da pena em julgamento da Corte Arbitral do Esporte (CAS) marcado para o dia 9 de outubro em Lausanne, na Suíça. "Estou colocando toda a minha esperança nos juízes", disse o sérvio à BBC. O jogador de 27 anos afirmou que continua treinando apesar da pena.
"Eu me sinto confiante. Após ler os documentos do julgamento anterior em Londres, não entendo porque fui suspenso por tanto tempo", reclamou Troicki, que avisou que Novak Djokovic, companheiro de Copa Davis, assinou uma petição pedindo novas regras no controle antidoping.