Catarinense recebeu honraria da ATP em São Paulo por ser um dos 16 líderes que encerraram como n° 1 nos últimos 40 anos e apontou britânico, campeão de Wimbledon, como o próximo
Por Matheus Martins Fontes, da redação em 30 de Julho de 2013 às 15:52
Nessa terça-feira, o brasileiro Gustavo Kuerten foi homenageado pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) em uma campanha que destaca os 16 ex-líderes do ranking que terminaram as temporadas como número 1 desde 1973, ano em que foi instituído a classificação da entidade.
Guga atendeu à imprensa nessa terça-feira em São Paulo e comentou sobre quem pode chegar ao topo em um futuro próximo
Guga alcançou a liderança da ATP em novembro de 2000 e ficou no topo do esporte por 43 semanas. O manezinho da ilha foi só perder definitivamente o posto no fim de 2001, quando o australiano Lleyton Hewitt conquistou a Masters Cup de Sydney.
Pelo feito de se juntar a outras lendas do tênis, como Jimmy Connors, Bjorn Borg, Ilie Nastase, John McEnroe, Ivan Lendl, Stefan Edberg, Mats Wilander, Jim Courier, Pete Sampras, André Agassi, o mesmo Hewitt e os mais atuais Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, Guga admitiu se sentir lisonjeado.
Ou melhor, um "peixe fora d'água", muito pelo seu jeito carismático e humilde que tanto mostrou quando esteve em quadra e vir de um país e uma cidade onde o tênis não era tão conhecido.
"Dá uma sensação de orgulho fazer parte dessa lista. A maioria deles foram meus ídolos e trazem uma imagem de grandiozidade e feitos e isso é incrível, tanto que se você olhar do inicio para o fim é estranho porque eu começei a jogar tênis para me divertir e essa relação virou minha profissão em uma hora que eu não tinha mais pra onde ir", começou Guga.
"Murray é o único que tem condições de assumir o n°1 ainda em 2013", crê Guga
"Quando eu fui para os EUA pela primeira vez aos 13 anos, eu queria o shorts jeans do Agassi, tinha poster do McEnroe e do Borg no quarto. Sou um peixe fora d'água nessa turma, mas como eu gosto de praia e água, acabou dando certo", emendou o bem-humorado tricampeão de Roland Garros.
No próximo dia 23 de agosto, Guga estará presente em Nova York para uma festa especial de 40 anos da criação do ranking e contará com os 16 tenistas que terminaram como número 1 ao longo dessas temporadas.
Quando foi perguntado sobre quem pode ser o próximo a entrar na lista, Kuerten, 36 anos, não titubeou: o britânico Andy Murray é o cabeça 1 da lista do catarinense.
O escocês, segundo colocado do ranking (atrás de Djokovic), acabou de quebrar o jejum de 77 anos do país ao vencer Wimbledon.
"Eu acho que o Murray é o único que tem condições de assumir o posto de melhor do mundo ainda esse ano ou ano que vem. Ele já passou pelo maior desafio, que era vencer um Grand Slam em casa. Se o Djokovic não jogar tão bem um ano, a tendência é ele ser o próximo. Ferrer, Dimitrov e Del Potro não conseguem ter essa regularidade de número 1", opinou Guga em entrevista aos jornalistas no Palácio dos Correios, em São Paulo.