Ex-técnico reclama de falta de liberdade para treinar Wozniacki e volta a criticar o pai da tenista

Ricardo Sanchez abriu mão de Verdasco, Jankovic, entre outros, para ficar ao lado de Caroline, porém não conseguiu trabalhar ao lado do pai da tenista

Da redação em 2 de Fevereiro de 2012 às 13:47

Ricardo Sanchez admitiu ter ficado em segundo plano por conta da relação pai/filha Wozniacki
Há duas décadas, o espanhol Ricardo Sanchez exerce a profissão de treinador de tênis. Por suas mãos, já se passaram, entre outros, duas jogadoras que já lideraram o ranking - a sérvia Jelena Jankovic e, recentemente, a dinamarquesa Caroline Wozniacki. Com a última, terminou na última terça-feira a parceria de apenas dois meses por conta de incompatibilidade com o pai da tenista, Piotr.

Nesta quinta-feira, Sanchez afirmou que tinha recebido algumas propostas de outros atletas, porém optou por orientar a até então número 1 do mundo. "Tinha várias ofertas em cima da mesa - Fernando Verdasco, Jelena Jankovic, Daniela Hantuchova e Bojana Jovanovski se interessaram por meus serviços, mas havia me comprometido com Caroline. Senti-me enganado porque me contaram que poderia treiná-la com liberdade e apenas me deram uma margem para trabalhar com ela. Em apenas cinco semanas, passei de um treinador para um simples assessor", declarou o espanhol.

O ex-técnico de Wozniacki contou que a pré-temporada realizada para os eventos na Oceania foi muito boa, porém a falta de resultados expressivos foi outro fator que acelerou o desfecho da relação.

Mesmo com curta parceria, Sanchez mantém respeito com Wozniacki e crê que ela pode vencer Grand Slams
"A pré-temporada foi ótima, mas uma vez que começaram os torneios e os resultados não vieram (a tenista foi às quartas em Sydney e no Aberto da Austrália), [Wozniacki e o pai] ficaram tensos. O pai dela impôs seu método de treinamento e eu fiquei em segundo plano. Respeito o modo como trabalha, mas não compartilho. Somos como Pep Guardiola e José Mourinho", afirmou Sanchez, comparando os treinadores de Barcelona e Real Madrid, conhecidos pela competência e também pela diferença no comando dos seus respectivos times. 

Apesar da breve experiência ao lado da loira de 22 anos, o treinador garante ter respeito com a agora número 4 da WTA. "Fiquei feliz com a experiência por não ter me deixado levar por imposições e porque deixei uma ótima relação pessoal. Desejo a ela o melhor no futuro", disse Sanchez, que crê em um título de Grand Slam por parte da tenista. Basta a ela começar a jogar de forma mais agressiva, assim como sugeriu a suíça Martina Hingis, há alguns dias.

"Acredito que ela possa ganhar um Grand Slam e voltar a ser número 1 comigo, com seu pai ou com qualquer outro. Ela tem enorme qualidade e muito potencial. Para isso, precisa ser mais agressiva e conseguir encarar de frente o trio formado por Maria Sharapova, Victoria Azarenka ePetra Kvitova, que estão mais fortes. Tentei fazer isso, mas não deixaram", concluiu.

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