Em caso de conquista argentina, experiente Puerta também se sentirá campeão

Puerta voleia durante a excelente campanha de Roland Garros em 2005

Mariano Puerta não faz parte da equipe oficial argentina que vai enfrentar a Espanha na final da Davis, mas pode ser fundamental em uma possível conquista. Treinando com o time do capitão Alberto Mancini, o experiente tenista é considerado fundamental para a preparação dos jogadores titulares para a final. O motivo é simples: é o único canhoto nos treinamentos.

A convocação de Puerta como "sparring" se devia ao fato de o adversário ter três jogadores que batem com a mão esquerda, incluindo Rafael Nadal, número um do mundo. Mesmo com a desistência de Nadal, que não foi à Argentina com problemas no joelho, Puerta foi mantido na equipe, já que Feliciano Lopez e Fernando Verdasco, ambos canhotos, jogarão as partidas de simples e duplas, respectivamente.

Em caso de conquista, que seria algo inédito no país, o vice-campeão de Roland Garros em 2005 não receberá medalhas, mas nem por isso se sentirá menos vitorioso que os colegas. "Me sinto parte do grupo de uma maneira muito especial. Integro um projeto que começou em 2005 com Mancini no comando", afirmou Puerta. "Portanto, se ganharmos a Ensaladera (troféu da Davis) vou me sentir igualmente campeão", completou.

O tenista de 30 anos, o mais velho da equipe, aproveitou para rasgar elogios a David Nalbandian, que mesmo sendo ultrapassado por Del Potro no ranking da ATP é considerado o principal ídolo do tênis argentino. "David merece está taça mais do que ninguém. Esteve em todas as séries nos últimos anos e nunca disse um não", elogiou o tenista.

As partidas começam nesta sexta-feira, quando, provavelmente, Nalbandian abre o confronto contra David Ferrer e Del Potro enfrenta Feliciano Lopez. A expectativa na Argentina é de fechar o primeiro dia com duas vitórias, o que daria uma maior tranqüilidade para a partida de duplas, considerada o ponto fraco da equipe.

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