Djokovic vibra com confiança em ano espetacular, mas alerta: "Não sou imbatível"

Após se recuperar de uma lesão nas costas, sérvio volta à ação no ATP 500 da Basileia, onde terá adversários de peso como Federer e Murray

Da redação em 31 de Outubro de 2011 às 07:10

Djokovic vem fazendo ano quase que perfeito - com três títulos de Grand Slam
Apesar de carregar um excepcional retrospecto de 64 vitórias e apenas três derrotas no ano, o número 1 do mundo, Novak Djokovic insiste que não se sente imbatível. O sérvio, que está jogando seu primeiro torneio desde a conquista do US Open, jogará essa semana o ATP 500 da Basileia, onde tentará bater o favoritismo do ídolo local, Roger Federer, tetracampeão do torneio.

Nole abriu a temporada com uma marca de 41 triunfos consecutivos antes de cair para o mesmo Federer nas semifinais de Roland Garros, em maio. Os 10 títulos até aqui incluem três Grand Slams - Aberto da Austrália, Wimbledon e US Open. "O fato de não ter perdido um jogo antes de Roland Garros foi um esforço incrível", disse Djokovic.

Djokovic negou que seja "imbatível" no circuito
"Estou muito orgulhoso por esses feitos. Mas eu sei o quão duro eu trabalhei ao longo dos anos e sempre acreditei que poderia fazer isso, que poderia ser o melhor; que tinha a qualidade para vencer os melhores jogadores do mundo e vencer Majors", acrescentou o jogador de 24 anos.

Em uma temporada quase perfeita, Djokovic não cometeria nenhum sacrilégio se afirmasse que se sentia imbatível. No entanto, o carismático atleta nega tal favoritismo e atribui o sucesso à confiança adquirida neste ano. "Não me sinto imbatível e acho que ninguém é. É apenas uma questão de escolha nos momentos certos, da confiança que você vai construindo por vencer muitas partidas. Eu dependeria dessa confiança na maioria dos jogos que realizava porque quando está confiante, às vezes você vê a bola como uma melancia. Você se sente bem em quadra, confia em cada jogada", contou.

Djokovic volta à ação essa semana na Suíça após ficar cerca de seis semanas parado por conta de uma lesão nas costas. Ele joga uma competição forte onde, além de Federer, também traz o britânico Andy Murray, invicto há 15 partidas, como atração. "Lesões nunca são bem-vindas, mas veio no momento certo porque me deu um pouco de tempo para descansar e me recuperar", disse Djokovic.

"Todo dia nas últimas cinco semanas eu venho fazendo terapias e me mantendo focado na recuperação. Eu torci bastante meu músculo e me levou até agora para me recuperar e ficar em forma. Eu sei que vai levar tempo e não espero estar 100% neste torneio, mas tentarei ficar confiante", resumiu Nole.

Federer é o atual campeão na Basileia e deve ser um dos principais rivais de Djokovic
O líder do ranking chegou à Basileia na última quarta-feira e vem treinando desde então. Djokovic não joga em uma quadra rápida e coberta desde dezembro [sem contar a partida contra Juan Martin Del Potro na Copa Davis, em setembro, quando o sérvio desistiu por dores nas costas] e fará sua terceira aparição no evento. No ano passado, foi derrotado na decisão para Federer, mesmo adversário que bateu na final de 2009.

Para esta edição, os dois podem se encontrar na final novamente e Djokovic já alerta que jogos contra o rival são decididos nos detalhes. "Nós jogamos partidas incríveis em Roland Garros e US Open; esses jogos foram decididos por uma margem pequena e por poucos pontos", disse Djokovic. "Ele poderia ter ganho facilmente no US Open e eu, talvez, poderia ter vencido em Roland Garros. Preciso jogar em meu melhor nível contra Roger e Rafa [Nadal]; é assim que eles fazem você jogar, é a única maneira que tenho para vencer", concluiu o tenista de Belgrado.

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