'Defensor' do saque e voleio, Federer elogia rapidez de quadra em Paris

Suíço está nas oitavas-de-final em Paris e, pelo jeito, está gostando da quadra na capital francesa

Antigamente, era quase que inevitável observarmos uma partida tênis com poucas trocas de bola e definições junto à rede. Hoje em dia, a situação se alterou muito e cada vez mais, a disputa pelo ponto passa por longas trocas de bola do fundo da quadra, em que são raras as subidas à rede. Pete Sampras, Goran Ivanisevic, Tim Henman, entre outros, devem estar em casa decepcionados com o 'costume' das novas gerações.

Mas, há ainda aqueles que defendem o estilo clássico que sempre marcou o tenista há décadas e que são grandes armas de muitos campeões do circuito. Roger Federer não poderia ficar despercebido nessa discussão. Com uma impressionante técnica e habilidade, o suíço é a favor do estilo 'saque e voleio' e aproveitou para citar grandes modelos que acompanhou no circuito. "É bom ver partidas onde tudo se depende de um ou dois aspectos. Lembro do Sampras, Ivanisevic e o Pioline jogando assim no circuito", destacou o ex-líder do ranking, que aproveitou para relembrar a única partida contra Sampras no profissional, onde o saque e o voleio fizeram a diferença na vitória em cinco sets, no torneio de Wimbledon de 2002.

Na disputa do Masters 1000 de Paris, vários destaques do tênis atual comentaram sobre o assunto. O sérvio Novak Djokovic enfatizou o quanto a quadra em Paris está rápida e também disse que a característica do piso francês é boa para privilegiar os jogadores que ainda se utilizam do bom 'saque e voleio'. "Está muito rápido, muito diferente do ano passado onde estava bem devagar. É bom ter uma quadra mais veloz, assim faz com que os tenistas cheguem mais à rede". O britânico Andy Murray manteve-se no mesmo ponto em comum e afirmou que a quadra de Paris está permitindo mais opções para variaras jogadas. "Gostaria de ter mais variação. Gosto de diferentes tipos de quadras e o que elas trazem. É o que estou encontrando aqui em Paris."

E, nada melhor um piso tão veloz para grandes sacadores. Andy Roddick, primeiro classificado às quartas do evento, não podia deixar de elogiar a quadra, mas fez uma ironia a vários torneios do ano disputados na mesma superfície. "É um diferente tipo de tênis. Acredito que o esporte se tornou monótono, sinto que há uma quadra lenta disponível por nove meses ao ano".

Quadras muito rápidas, iguais as de Paris, favorecem grandes sacadores como Roddick

 

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