Com Lendl, Murray vê avanço em seu jogo e busca reconhecimento como Federer, Nadal e Djokovic

Impressão deixada na dura batalha com Nole nas semifinais da Austrália conforta o britânico, que exaltou parceria com Ivan Lendl de apenas 2 meses

Da redação em 8 de Fevereiro de 2012 às 09:19

O britânico Andy Murray está sob comando de Ivan Lendl há dois meses e, mesmo em tão pouco tempo, o número 4 do mundo já vê bons avanços em seu jogo. Em seu primeiro compromisso do ano, venceu o ATP 250 de Brisbane.

No Aberto da Austrália, uma semana depois, Andy não conseguiu quebrar o tabu nos Grand Slams, porém a boa impressão deixada na batalha confrontada diante de Novak Djokovic, que só venceu com 7/5 no quinto set nas semifinais, o conforta para o futuro.

Mesmo com tabu nos Majors de pé, Murray já acusa evolução no seu jogo ao lado de Ivan Lendl
"Eu passei cinco dias com ele antes do Australian Open e senti que melhorei muito nestes dias", disse Murray à rede BBC. "Eu vou passar mais tempo com ele e trabalhar mais, pois é tudo isso que podemos fazer", completou.

O escocês pode se beneficiar da experiência de Lendl, 51 anos, que, na época de tenista, havia perdido quatro finais seguidas de Major antes de abocanhar o primeiro dos oito troféus da coleção. Por sua vez, Murray já tem três derrotas em decisões e o atleta admitiu que andou se inspirando em Djokovic, jogador que dominou o tênis em 2011.

"A reviravolta dele [Djokovic] foi incrível e ele estava exausto já no final do ano", relembrou Murray. "Esse é o espírito. São pequenas margens de uma quebra de saque ou de um jogo e não precisa acontecer em um Grand Slam - pode ser em qualquer momento. Sinto que tive uma grande melhora já na Austrália", opinou.

O britânico de 24 anos tem jogado em uma era dominada por três dos maiores jogadores de todos os tempos - Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic. Com isso, Murray quer aproveitar para construir a sua história. "Tudo que aconteceu no passado, com Federer e Nadal entre os melhores jogadores da história e Djokovic, tendo a sua melhor temporada no ano passado; este ano é um novo ano. É irrelevante o que aconteceu no passado", revelou.

"Não estou dizendo que vou vencer 16 Grand Slams, mas caso consiga alguns, então poderei ser lembrado assim como eles - você venceu grandes jogos; você ganhou Grand Slams assim como eles também venceram", concluiu.

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