Clijsters admite que mudar sede do Aberto da França seria "perder parte da infância"

Belga cresceu vendo os principais jogadores em Roland Garros, além de ter chegado à primeira decisão de Major exatamente em Paris

Da redação em 9 de Fevereiro de 2011 às 07:02

Com apenas 18 anos, a jovem e promissora Kim Clijsters disputava sua primeira final de Grand Slam. No saibro de Roland Garros, a belga enfrentava a norte-americana Jennifer Capriati, mais experiente a esse tipo de situação e que vinha de um título no Aberto da Austrália daquele ano. No final, Clijsters sucumbiu diante da adversária por 12/10 no terceiro set, mas o mundo observava a chegada de mais um talento no circuito.

Ainda bem jovem, Clijsters surpreendia no saibro de Roland Garros em 2001
Com a notícia de que o Aberto da França pode deixar de ser sediado no complexo de Roland Garros, nos subúrbios de Paris, a atleta de 27 anos expressou seus sentimentos, dizendo que a troca do local do torneio seria como 'perder uma parte de sua infância', partindo do fato que a atleta cresceu assistindo ao evento. "Estou indecisa. Para mim, sair de Roland Garros leva embora parte da minha infância. Eu me lembro de férias da escola indo assistir grandes partidas. Tirar isso será decepcionante. Mas a forma de que a arquitetura e tecnologia evoluíram nos últimos 20-30 anos, sera melhor para o esporte se você puder ter estádios com tetos e melhores complexos para os jogadores e fãs", afirmou a atual número dois do ranking.

Com contrato até 2015, Roland Garros tem sido a casa do maior torneio em quadras de saibro desde 1928, porém tem sofrido muitas críticas por ser o menor local que abriga os quatro Majors da temporada. A Federação Francesa de Tênis cogitou no ano passado a possibilidade de mover o evento para uma outra cidade, a fim de igualar-se aos outros Grand Slams em relação ao espaço disponível para o torneio.

Guga fez história na terra batida de Roland Garros em 97, 2000 e 2001
Caso o Aberto da França mude de localização, a partir de 2016, as opções são Versalhes, Gonesse e uma região perto da Disneyland de Paris. A entidade local indicaram que poderão anunciar a decisão final no próximo domingo. Porém, a prefeitura de Paris apresentou em novembro de 2010 um projeto para manter o segundo Grand Slam do ano na mesma sede (Leia aqui a reportagem) em que viu o brasileiro Gustavo Kuerten levantar o troféu por três vezes.

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