Equipe brasileira embarca confiante em surpreender no piso rápido de Kazan e João Zwetsch defende Bellucci de críticas após má fase no circuito
Da redação em 8 de Setembro de 2011 às 15:07
Equipe brasileira concedeu entrevista em São Paulo antes do embarque para a Rússia |
Em cerca de uma hora de coletiva, o capitão e os jogadores declararam que Mikhail Youzhny, número 1 da Rússia, e companhia não são imbatíveis, mas reconheceram a vantagem de jogar em casa e de ranking na ATP. "Foi um sorteio difícil, a Rússia é uma equipe que, normalmente, poderia até lutar pelo título, pelos jogadores que tem à disposição. Mas o favoritismo é muito relativo na Davis. Existem muitos casos de vitórias inesperadas que aconteceram e muitos casos de vitórias esperadas que não aconteceram. Temos que saber que os jogadores deles têm alto nível, mas os nossos também têm", garantiu Zwetsch.
Mesmo em má fase, Bellucci tem o apoio de João Zwetsch |
"Não me abala nenhum pouco. Esses resultados que não foram bons são normais na carreira de qualquer atleta, sempre tem altos e baixos. O importante é melhorar a cada dia e eu estou sempre tentando evoluir tanto na parte técnica quanto na mental", afirmou Bellucci.
De seus últimos oito jogos, todos no piso rápido, o mesmo que será usado no duelo diante dos russos, Bellucci ganhou apenas três. Em 2011, o melhor resultado na quadra dura foram as quartas de final nos ATP 250 de Auckland e Los Angeles.
"Esses últimos jogos acabaram escapando um pouco. Eu estava ganhando alguns e acabei levando a virada. Acho que isso é um pouco de ansiedade em pontos importantes e tem atrapalhado um pouco", disse Bellucci, sem perder o otimismo. "Contamos com um time competitivo em qualquer tipo de quadra e temos condições de voltar ao Grupo Mundial", disse.
Bellucci e Cia sentiram a alta umidade de Chennai e perderam para a Índia nos Playoffs |
No ano passado, o Brasil perdeu nos Playoffs pelo quinto ano seguido ao cair diante da Índia, em Chennai. Depois de sofrer com o forte calor e a intensa umidade em 2010, Zwetsch se preocupa com a adaptação a Kazan, sede do duelo entre os dias 16 e 18 de setembro.
"A dificuldade maior é sempre a adaptação, teremos sete horas de diferença no fuso horário e os primeiros dias serão difíceis. Por isso, estamos viajando com antecedência", disse Zwetsch, apostando no Brasil. "A Rússia é muito forte e poderia até lutar pelo título, mas hoje nossa equipe está num patamar em que pode enfrentar qualquer adversário", afirmou.
Os retornos de Marcelo Melo e Ricardo Mello nos lugares de João Souza, o Feijão, e Rogério Dutra da Silva são as mudanças promovidas pelo treinador em relação ao confronto anterior diante do Uruguai. Experiente, Mello vem embalado pelo recente confronto com o francês Gilles Simon, 12º do mundo, no US Open.
Mello retorna ao time da Davis e vem de partida dura contra Simon no US Open |
Parceiro de Bruno Soares, Marcelo Melo aposta que Youzhny será escalado para formar a parceria russa. "Nossa dupla vem jogando muito bem. Nos Estados Unidos, vi vários treinos do Youzhny e acho que ele deve jogar. Temos que estar preparados para receber as bombas e jogar outras para eles", afirmou o duplista.
Além de Youzhny, herói na conquista do torneio em 2002, o time russo será formado também por Dmitry Tursunov (43º), Igor Kunitsyn (62º) e Igor Andreev (78º). A grande ausência será o ex-top3 e campeão da ATP Finals de 2009, Nikolay Davydenko.
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