Copa Davis
Ex-número do mundo e Fernando Meligeni lamentaram bastante a derrota de virada para os indianos no último final de semana
Thomaz Bellucci não suportou o forte calor em Chennai no confronto contra a Índia |
Ex-número um do mundo e principal jogador de simples do Brasil na Davis por muitos anos, Guga lamentou o resultado do confronto em Chennai em sua página no Twitter. "Inacreditável o resultado da Davis, que sirva de experiência para todos." Mas o catarinense também fez elogios à equipe brasileira e aproveitou para enaltecer o time adversário, que mostrou muita garra para virar um confronto praticamente perdido. "Nossa equipe é trabalhadora, merece melhores resultados no futuro. Lamento pelo Brasil! Parabéns à Índia! Excelente trabalho ao virar depois de estar perdendo por 2 a 0. Boa sorte no Grupo Mundial."
Enquanto Guga tentou usar um tom um pouco mais ameno, Fernando Meligeni tentou ser um pouco mais crítico com a equipe, levantando algumas questões que gostaria que fossem respondidas. "Ficou mal explicado aquele abandono do Bellucci. Até aquele ponto, o confronto estava correndo como planejado. Ele disse que teve um pouco de dificuldade para respirar. Tenho dificuldade para respirar a toda hora", afirmou Meligeni, que realizou grandes batalhas em sua carreira pela Copa Davis e no circuito.
Fininho lembrou do confronto contra a França, em 1999, no carpete de Pau, onde Guga disputava o primeiro ponto contra Sebastien Grosjean e sentia câimbras, quando perdia por 2 sets a 1. "Naquele jogo, o Larri gritava desesperado para o Guga não abandonar. O Guga não só ficou na partida, como virou o jogo (com 9 a 7 no quinto set). Uma coisa é abandonar a partida em Roland Garros, como aconteceu com o Bellucci em 2009. A responsabilidade é individual. Outra é largar uma partida de Copa Davis, que você representa o país", afirmou Fininho, que apontou que o ponto perdido por Bellucci ajudou mentalmente os indianos para vencer o duelo.
Em 2011, o Brasil disputará novamente o Zonal Americano, em que tentará a sexta repescagem consecutiva para o Grupo Mundial. Porém, se o sentimento para antes do confronto na Ásia era de grande expectativa para a volta à primeira divisão, para o próximo ano a confiança diminui um pouco diante da realidade da equipe brasileira. "Precisamos ter uma equipe mais sólida. Nossa equipe ainda é vulnerável, não podemos ter expectativas muito altas. Precisamos ter mais maturidade, nosso time é imprevisível", afirmou o tricampeão de Roland Garros (1997, 2000 e 2001).
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Publicado em 21 de Setembro de 2010 às 08:50