Medo

Com medo de atentado, Israelenses vivem clima de guerra no Chile

Não bastassem os tremores no país sul-americano, delegação de Israel treina sob escolta de fuzileiros e membros do "BOPE" chileno


Fuzileiros escoltam o treino de Israel
Alvos de protestos em edições anteriores da Copa Davis, principalmente no ano passado, contra a Suécia, a delegação de Israel segue tomando cuidados durante a competição. No Chile, onde já enfrentam os problemas consequentes do terremoto que abalou o país, os israelenses contam com proteção digna de guerra durante a sua estada.

Enquanto treinam os chilenos no complexo que sediará o confronto, na cidade de Coquimbo, uma série de jornalistas e fotógrafos se aglomeram no local. Quando entram os israelenses, porém, o quadro muda. É hora dos fuzileiros e membros do GOPE (o "BOPE" chileno) dominarem as arquibancadas.

Preocupados com os protestos que os atletas do país vem sofrendo nos últimos anos devido às ações do governo local, os israelenses solicitaram à Federação Chilena inclusive franco-atiradores para evitar possíveis atentados. Um dos responsáveis pela segurança dos visitantes, Eduardo Egli contou, em entrevista ao diário chileno El Mercúrio, que "carabineiros estão sendo destinados para cumprir com os requerimentos de segurança" pedido pela delegação rival.

Se mostram-se preocupados com problemas extra-quadra, os semifinalistas da edição de 2009 se dizem confiantes em vencer o confronto contra os chilenos. Um dos principais jogadores da equipe, o duplista Jonathan Erlich afirmou entender o momento difícil que vive o povo do Chile e que sabe que os rivais jogarão para dar alegria à população. Porém, garante que Israel fará de tudo para sair com a vitória.

"Entendo o que se passa com os chilenos, mas na quadra jogaremos por nossas pretensões. A alegria (para a população) eles podem deixar para depois, podem dançar ou cantar, mas não dentro de quadra", provocou o confiante tenista israelense.

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Da redação

Publicado em 5 de Março de 2010 às 08:52


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