Obsessão

Tio relembra pressão excessiva de Nadal em vencer Djokovic na final de Roland Garros: "perder seria um choque"

Espanhol vinha de três reveses para rival em decisões de Major e não admitia ficar para trás em Paris: "havia muita tensão em jogo", disse Toni Nadal


Ron C Angle (TPL)
Nadal estava tenso antes da decisão contra Djokovic em Roland Garros, em junho
Perder para o maior rival no palco onde você se sente mais à vontade é um fato que ninguém consegue lidar de maneira simples. Principalmente, se o local for onde você conseguiu seis títulos os últimos sete anos e que pode se tornar histórico caso conquiste a sétima taça. Rafael Nadal passou por isso em Roland Garros, em junho.

Campeão do Grand Slam francês nas temporadas de 2005, '06, '07, '08, '10 e '11, Nadal chegou a Paris com a possibilidade de se tornar o maior vencedor da competição. No entanto, o adversário na decisão seria o sérvio Novak Djokovic, líder do ranking à época e que havia batido o espanhol na final dos últimos três Majors (Wimbledon/2011, US Open/2011 e Australian Open/2012).

Em quase três horas de jogo, Nadal conseguiu confirmar o favoritismo e a intitulação que recebeu de "Rei do Saibro" e bateu Djokovic por 3 sets a 1. Seis meses depois, o tio e técnico de Rafa, Toni Nadal, admitiu que o sobrinho não cogitou de forma alguma a possibilidade de sair derrotado de quadra na ocasião.

Ron C Angle (TPL)
Mas, no fim, Rafa foi soberano e conquistou o hepta de Roland Garros
"Rafael [Nadal] vinha jogando muito bem na temporada de saibro, não perdeu um set e estava na posição de vencer Roland Garros no dia anterior à final", declarou Toni. "No domingo, ele estava à frente em dois sets, e daí começou a chover, parou, a quadra estava muito pesada e Djokovic começou a jogar melhor. O quadro mudou completamente", descreveu o treinador, relembrando do desfecho do jogo encerrado apenas na segunda-feira.

"Rafael perdera três finais de Grand Slam para Djokovic - na Austrália, Wimbledon e no US Open. Quando você volta à quadra na segunda-feira para continuar o jogo, você sabe que o páreo se alterou. Você está uma quebra atrás no quarto set e você sabe a importância de não perder. Porque, para nós, não teria sido um fracasso, mas um choque. Quando você joga tão bem a temporada de saibro e chega a Roland Garros, o torneio mais importante, o desfecho de tudo aquilo, e termina perdendo, teria sido um golpe. Havia muita tensão", confessou o mentor de Rafa.

A tensão por "ter" que vencer o sétimo caneco em Roland Garros foi tamanha que Nadal jogou com a ajuda de anti-inflamatórios para tratar uma lesão no joelho esquerdo. Em Wimbledon, semanas depois, o tenista descobriu que tinha uma inflamação no tendão patelar do joelho esquerdo - síndrome de Hoffa - e acabou encerrando precocemente a temporada, perdendo, entre outros eventos, as Olimpíadas de Londres, o US Open, o ATP Finals e a Copa Davis.

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Da redação

Publicado em 29 de Novembro de 2012 às 14:54


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