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Em entrevista ao jornal espanhol AS, número 2 do mundo faz novo balanço do ano, discorre sobre lesão no joelho e fala sobre objetivos para 2012
Antes do embarque rumo a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde jogará um torneio-exibição a partir desta sexta-feira, Rafael Nadal fez um bate-bola rápido com o jornal espanhol AS a respeito do que espera para a próxima temporada e colocou o sétimo título em Roland Garros como um dos seus principais objetivos.
Entre outros assuntos, estão sua análise sobre a temporada que passou, as 10 finais realizadas em 2011 e também a lesão no ombro, que o atrapalhou na reta final do ano. Para finalizar, analisou a possibilidade do bicampeonato nas Olimpíadas. Confira na íntegra a conversa!
Como avalia o que conseguiu em 2011?
A avaliação é positiva, o ano foi bom dado que a exigência sempre é alta e faz que você tenha que ir sempre ao limite para estar ao máximo em todas as competições. Acho que encerrei uma temporada muito completa tirando Xangai [onde perdeu para Florian Mayer] e Londres [ATP Finals, em que foi eliminado na fase de grupos], aonde não estive no nível que gostaria. Em tudo mais, creio que foi um ano bastante completo, apenas faltando alguma coisa em determinados momentos. Lutaremos para que no ano que começa não falte nada.
Você disputou dez finais nesta temporada, seu segundo maior feito.
Mais do que falar de dez finais, o que importa é quais são. Jogar dez sempre é complicado, mas tem que ver a categoria das mesmas - três de Grand Slams, Indian Wells, Miami, Monte Carlo, Barcelona, Madri, Roma. É dizer que disputei a decisão dos dez torneios mais importantes do ano com exceção da Austrália, que me machuquei. Faltou-me aproveitar minhas chances em algumas delas, senão seria um ano espetacular.
E o que pede para 2012?
Saúde, porque é vital para todo mundo, também para os esportistas. Sem saúde não há nada, nem felicidade, nem opções de desfrutar das coisas, por isso peço saúde a todos e a mim também.
Como estão os problemas que vem tendo no ombro?
Tenho melhorado nos últimos dias, mas tem agora Abu Dhabi. De todas as maneiras, a temporada do tênis é muito longa, são quase 11 meses e tudo é importante. Tem anos que comecei mal e terminei muito bem e outros, como em 2009, que comecei muito bem e acabei muito mal. O importante é arrancar com esperança, vontade e manter uma linha de trabalho. Se as coisas não vão como deveriam, você tem que saber manter com esperança alta porque haverá opções durante o ano e tem que aproveitar as oportunidades que um tenha.
Qual torneio tem um prazer especial para você?
Se tenho que eleger, ficaria com Roland Garros porque venci seis, estou igualado com [Bjorn] Borg, que era o que mais tinha títulos e superá-lo é uma motivação e seria uma conquista legal. Embora agora penso na Austrália, que é meu primeiro torneio importante do ano, o que vier depois será bem-vindo. O que tem que ter é esperança e atitude necessárias para alcançar todos os objetivos com garantias de poder competir ao máximo.
2012 é um ano olímpico. Muda muito para os planos de um tenista?
É o quinto torneio mais importante do ano depois dos quatro Grand Slams. Um ano olímpico torna tudo um pouco mais corrido e você tem menos descanso, são 10 dias a mais adicionados no calendário. Mas sempre é um objetivo e tenho que tentar chegar bem preparado a Londres. O evento é importante, embora a experiência talvez seja mais necessária.
O que achou da eleição de Alex Corretja como capitão da Copa Davis?
É merecido. Levam-se muitos anos no mundo do tênis, ele tem sido um jogador excepcional e foi treinador de Andy Murray recentemente, assim está muito bem.
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Publicado em 29 de Dezembro de 2011 às 07:39