Após bom primeiro semestre, Mayer frustra argentinos com lesão

Argentino não ganha jogos desde Roland Garros e acumula oito derrotas consecutivas em estreias

Desde o juvenil, a Argentina já tinha uma noção do talento de um dos seus pupilos. Chegou a ser segundo lugar no ranking da ITF, quando disputava o juvenil. Não foi um absurdo prever uma excelente carreira à Leonardo Mayer, que encarava o desafio de ingressar no profissional. Não demorava muito e fazia sucesso nos Futures e Challengers. Precisava dar mais um passo. Chegava os ATPs e a transição não foi nada fácil, como esperado.

Em 2010, tinha seu auge na modalidade. Com um bom primeiro semestre, emplacando bons resultados em cima de bons jogadores como Mardy Fish, Marcos Baghdatis, Radek Stepanek e Ernest Gulbis, o jogador natural de Corrientes chegou ao seu melhor ranking, o 51° posto em junho. A própria imprensa local classificava o tenista como um dos mais promissores da atual geração, com excelentes golpes, um ótimo serviço e uma preferência às quadras rápidas, algo diferencial na escola argentina acostumada com o saibro.

Mas a partir da temporada de grama, começou o carrasco de Mayer na temporada. Oito derrotas consecutivas e o início de dores nas costas forçaram o jogador de 23 anos a ficar um tempo afastado das quadras depois da disputa do US Open em setembro. "Voltei do US Open, descansei uma semana e quando fui treinar, estava travado. Já estava sentindo há muito tempo o desconforto", declarou o jogador de 1,88m ao diário argentino Olé.

Questionado sobre a data de seu retorno ao tênis, Mayer preferiu tratar o assunto com cautela e não estipulou nenhum prazo. "Acho que não jogarei nenhum torneio. Quase descarto que jogarei ainda nesse ano. Quero me recuperar e quando me sentir bem, devo voltar a jogar um Challenger, talvez em Buenos Aires, mas as costas que vão me dizer", deixou claro o atual número 82 do ranking.

Enquanto não volta a tocar em uma raquete, o tenista aproveita para fazer outras atividades, mas não perde a curiosidade de saber um pouco mais sobre o problema pelo qual passa. "Estou fazendo academia e natação por recomendação médica. Estudei um pouco sobre o meu problema nas costas, os músculos chegam a um limite e não funcionam bem. É um problema dorsomuscular que ainda não descobriram o motivo. Mas estou levando bem", afirmou Mayer.

Sobre a falta que o tênis faz em sua rotina, o argentino procurou ser otimista acima de tudo com a situação. "Há um mês que não seguro uma raquete. É difícil parar de jogar, estou aborrecido, sempre faço a mesma coisa. Mas estou levando bem, me sinto melhor e espero voltar a prática dentro de uma semana", comentou o argentino que provavelmente permanecerá no top100 até o fim do ano, por não defender pontos nos próximos dois meses.

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