Polêmica
Ernests Gulbis chamou atenção ao criticar postura de Djokovic, Federer, Nadal e Murray nas entrevistas e não poupou verbo em vários assuntos
Já faz algum tempo que Ernests Gulbis mostra aos maiores fãs do tênis que não tem problema de ser autêntico à frente das câmeras e gravadores. Nesse ano mesmo, o letão já disse que era a favor da legalização da maconha, admitiu gostar de curtir ao máximo as festas com os amigos e, assim, vem sendo manchete dos jornais, também graças ao seu grande potencial dentro de quadra.Gulbis soltou o verbo e sobrou para o top 4: "eles são chatos"
Não é para menos que venceu um torneio (ATP 250 de Delray Beach) após furar o qualifying e exigiu ao máximo de Rafael Nadal nos dois jogos que disputaram - nos Masters 1000 de Indian Wells e Roma. Na estreia de Roland Garros, Gulbis bateu o brasileiro Rogério Dutra Silva em sets diretos e marcou encontro contra Gael Monfils, certamente um dos mais interessantes para acompanhar em Paris nessa segunda rodada.
O tenista letão, porém, concedeu uma entrevista bem interessante ao jornal L'Equipé antes de entrar em ação nessa quarta-feira, em que abriu o jogo sobre vários tópicos do mundo do tênis. Primeiramente, Gulbis criticou o comportamento do atual top 4 nas declarações diante da imprensa, em que ele afirma que entrevistar Djokovic, Murray, Federer e Nadal é, digamos, bem entediante.
"No tênis atual, há uma falta preocupante de caráter. Respeito Federer, Nadal, Djokovic e Murray, mas os quatro são chatos. Suas entrevistas são chatas. Honestamente, são bem sem graça", cutucou o letão, 40º do ranking da ATP.Federer foi um dos jogadores criticados por Gulbis - "o tênis precisa de caráter"
Como sugestão para que as entrevistas do top 4 fiquem mais interessantes, Gulbis aponta as declarações no boxe como grande exemplo. "Quando (os boxeadores) se desafiam na pesagem, dão aos espectadores o que esperam: guerra, sangue, emoções... As pessoas gostariam de ver raquetes quebradas em quadra".
Por fim, Gulbis não poupou palavras para enfatizar quão burocrático o circuito é em prol do top 4. Para o letão, mudanças são muito difíceis, já que a maioria dos jogadores têm relações com as federações. "Os principais jogadores estão felizes com o sistema, enquanto que os jovens não têm dinheiro suficiente para pagar bons treinadores e não conseguem ter voz suficiente para mudar o panorama".
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Publicado em 29 de Maio de 2013 às 08:41