Melhores jogos

Semifinal entre Nadal e Murray na ATP Finals é coroada a melhor partida de 2010

Segundo a ATP, jogo de três horas em Londres foi o melhor da temporada, à frente de outros grandes confrontos como o mais longo do tênis, entre Isner e Mahut em Wimbledon


Depois de uma longa temporada marcada por grandes jogos, verdadeiras batalhas acontecendo nas quadras por todo o planeta que deixaram os fãs boquiabertos, foi difícil para a ATP escolher as cinco melhores partidas de 2010. Muitas eram as opções e o caminho se tornou cada vez mais íngreme quando chegou a hora de apontar o melhor duelo da temporada.

1) Rafael Nadal v. Andy Murray por 7/6(5), 3/6 e 7/6(6) - Semifinais da ATP Finals.

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Nadal e Murray se cumprimentam após vitória do espanhol nas semifinais da ATP Finals, partida que foi considerada a melhor da temporada

Após três horas e 11 minutos de uma partida eletrizante do começo ao fim, Rafael Nadal seguiria na tentativa de terminar a melhor temporada de sua carreira com um título inédito na ATP Finals. Mas, precisou de muita garra para virar um jogo considerado perdido contra o britânico Andy Murray, nas semifinais da competição. "Fico feliz de derrotar um verdadeiro campeão, que é Andy (Murray). Estou muito feliz por tudo, porque foi difícil passar por um dos melhores jogadores do mundo", declarava o espanhol número um do mundo. Para o jogador da casa, era a chance de tentar lutar pelo maior título do currículo e atuando em casa diante da torcida. "É hoje o porquê de eu jogar tênis", declarava Murray, após o término da melhor partida do ano.

2) Novak Djokovic v. Roger Federer por 5/7, 6/1, 5/7, 6/2 e 7/5 - Semifinais do US Open.

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Sérvio Djokovic impediu Roger Federer de chegar a sua sétima final seguida no US Open

O título em Flushing Meadows não veio para a Sérvia, mas virar um jogo onde esteve por duas vezes a um ponto de sair derrotado, foi o prêmio conquistado por Novak Djokovic. O terceiro melhor jogador do ranking vinha de três derrtoas consecutivas para Federer no torneio, inclusive na final de 2007, e o triunfo na penúltima rodada em Nova York teve um gostinho especial já que impediu o suíço de chegar a sua sétima final consecutiva do US Open. "Eu sabia que teria que ser paciente e não perder a cabeça, porque aconteceu isso no passado quando estava perdendo para ele. Ele usa esse nervosismo do adversário, realmente ele sente isso...mas não hoje!", completou o valente Djokovic.

3) John Isner v. Nicolas Mahut por 6/4, 3/6, 6/7(7), 7/6(3) e 70/68 - 1ª rodada de Wimbledon.

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Isner e Mahut fizeram a partida mais longa de todos os tempos, ficando em quadra por mais de 11 horas, no torneio de Wimbledon

Há quem vá dizer que foi o melhor jogo do ano...e por que não, de todos tempos! 11 horas e cinco minutos ao longo de três dias, sob olhares da Rainha Elizabeth II. Não foi um jogo de belas trocas de bolas e grandes ralis, porque o piso já não proporciona tal característica e também pelo fato dos dois terem dado uma aula de saque. Depois de 113 aces de Isner e 103 de Mahut, 490 bolas vencedoras e oito horas e 11 minutos apenas com o decisivo set, o placar de 70 a 68 para o gigante norte-americano pouco importava para os milhares de torcedores que se empurravam na modesta quadra 18 do All England Club. "O cara é simplesmente um guerreiro", declarava Isner, após o jogo derradeiro. " É um pecado alguém ter que perder. Compartilhar isso com ele foi uma verdadeira honra. Talvez nós nos encontremos novamente em algum lugar e não será 70/68", concluía o emocionado e exausto atleta dos EUA.

4) Robin Soderling v. Michael Llodra por 6/7(0), 7/5 e 7/6(6) - Semifinais do Masters 1000 de Paris.

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Em Paris, Soderling precisou salvar três match points para passar pelo embalado Llodra nas semifinais

Foi o melhor Masters 1000 do ano. Grandes jogos de alto nível encheram de alegria os organizadores do Masters de Paris. A torcida fez a festa com dois representantes do país nas semifinais do torneio. De um lado, Michael Llodra, especialista em duplas, mas que havia vencido um embalado Djokovic nas oitavas e Davydenko nas quartas, chegando pela primeira vez às semifinais de um evento desse porte. Do outro lado da rede, vice-campeão duas vezes de Roland Garros, Robin Soderling voltava a Paris para fazer sucesso também na quadra rápida. Depois de empatar em 1 set a 1, a decisão seria na parcial decisiva com o Palácio Paris-Bercy inteiro gritando "Allez Mika". Após virar o set quando perdia por 1/4, Llodra se viu com três match-points no 12º game, mas um forehand fácil na rede derrubava todo o ânimo da fanática torcida francesa, que viu o sueco comemorar minutos depois a vitória no tie-break. "Acho que o tênis é um esporte muito mental, porque todos podem jogar, todos são bons. Então, é o aspecto mental que vai decidir muitas partidas", afirmava Soderling, antes de conquistar seu primeiro Masters 1000 no dia seguinte.

5) Gael Monfils v. Roger Federer por 7/6(7), 6/7(1) e 7/6(4) - Semifinais do Masters 1000 de Paris.

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Monfils pode não ter feito a alegria da torcida na final de Paris, mas nas semifinais, conseguiu a maior vitória da carreira diante de Federer

Se na semifinal anterior, o povo francês ficou com a vitória entalada na garganta, seria difícil melhorar com Gael Monfilsenfrentando o carrasco Roger Federer. Porém, se no aspecto técnico, a situação era complicada para o francês, a garra e a determinação foram fatores que influenciaram na grande virada do valente Monfils, após salvar cinco match points no 12º game de terceiro set. Realmente, o público que compareceu às dependências do moderníssimo ginásio de Paris no penúltimo dia do torneio, presenciou dois dos cinco melhores confrontos de toda a temporada. E o francês levava a esperança do país em sair com um título do evento, desde que Tsonga havia triunfado ali em 2008. "Roger é uma pessoa que eu admiro muito, é uma lenda do tênis, "a lenda", e vencê-lo é uma vitória espetacular. Lembrarei desse dia por toda a minha vida", confessava o talentoso e inusitado Monfils.

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Da redação

Publicado em 7 de Dezembro de 2010 às 13:36


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