Sampras afirma que Federer vai quebrar todos os recordes do tênis

O ex-número 1 também disse que sabe como jogaria contra o melhor tenista da atualidade


Pete Sampras e Roger Federer são sempre apontados como os melhores tenistas da história do tênis. O primeiro, norte-americano, dominou o esporte entre 1993 e 1998, quando venceu grande parte dos seus 14 títulos de Grand Slams, o recorde entre todos os tenistas. Mas o desempenho do suíço começa a ameaçar o status de Sampras.

"Ninguém está atrapalhando Federer constantemente. Ele vai quebrar todos os recordes do tênis e pode ganhar 16, 17 Grand Slams. E será o número 1 por quanto tempo quiser. Claramente, ele é o melhor jogador", disse Sampras em entrevista para um jornal norte-americano.

Federer já chegou à nove títulos de Grand Slams, mas, assim como Sampras, ainda falta vencer no saibro de Roland Garros para coroar sua carreira e vencer todos os majors do tênis. Mas em um confronto contra o norte-americano, quem ganharia?

Ron C Angle
Sampras em ação no seu último torneio, o US Open de 2002

"É difícil dizer. Quando estava no meu melhor, me sentia imbatível. É difícil dizer quem venceria quando ele jogasse no seu mais alto nível", disse Sampras. Ele lamenta que sua carreira não cruzou com a de Federer, mas admite que saberia como bater o suíço: atacar a rede, como fez contra outros grandes tenistas de fundo de quadra, como Andre Agassi.

Os dois disputaram apenas uma partida. Foi nas oitavas-de-final de Wimbledon em 2001, quando Federer, ainda com 20 anos, bateu o experiente Sampras em cinco sets.

O norte-americano também admitiu que o pensamento de voltar ao tênis profissional "cruzou sua mente", especialmente durante a temporada de quadras de grama e Wimbledon. Sampras acha que teria uma chance de vencer o torneio com o seu estilo de saque-e-voleio. O ex-número 1 acredita que seria muito eficiente hoje em dia, uma vez que os tenistas preferem ficar no fundo de quadra.

Sampras vai participar de uma exibição semana que vem contra o compatriota Robby Ginepri pela segunda vez no ano. Desde que se aposentou após o US Open de 2002, o norte-americano jogou muito pouco tênis. "Eu passava boa parte do meu tempo jogando poker, golfe e com meus filhos Christian e Ryan. Mas eu sentia falta de algo além de atividades recreativas. E o tênis me ajuda a manter foco", admitiu.

Gustavo Pereira

Publicado em 9 de Dezembro de 2006 às 09:03


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