Em luto, Djokovic admite que segue vivo em Monte Carlo por memória do avô: "Seu espírito está comigo"

No mesmo dia da morte do avô, Djokovic se superou e continuou vivo em Monte Carlo

Um dia após a morte de seu avô Vladimir, Novak Djokovic ainda sente a perda de um ente tão importante em sua vida, mas mantém, ao mesmo tempo, o profissionalismo e a competência de um atleta campeão. Nesta sexta-feira, o sérvio garantiu sua vaga nas semifinais do Masters 1000 de Monte Carlo ao bater o holandês Robin Haase por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/2. O freguês havia sido o responsável pela eliminação do brasileiro Thomaz Bellucci na fase anterior.

Após o jogo, Djokovic se mostrou satisfeito pela evolução e a luta que vem enfrentando nos bastidores. "Hoje foi um pouco melhor, mas ainda tive muitos altos e baixos emocionais durante a partida. Mas, estou jogando tênis. Fico satisfeito por ter mantido a compostura e entrado em quadra para vencer jogos. Cheguei à semifinal, o que é um grande resultado para mim dentro das circunstâncias", analisou o número 1 do mundo.

Poucas horas antes da partida contra o ucraniano Alexandr Dolgopolov na última quinta-feira, Djokovic recebeu o comunicado da morte do avô e deixou o treino sob lágrimas.

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Até se cogitou a possibilidade de desistência do atleta, porém Nole se superou em jogo de três sets e foi bastante aplaudido na quadra central de Mônaco.

"Eu era muito próximo dele, então foi uma grande perda para mim e toda a família. Mas ele está comigo em espírito, sei disso. Lembro apenas dos bons momentos e isso que me deu forças para jogar ontem e hoje", declarou o jogador de Belgrado, que havia dedicado seu título no Masters de Miami ao avô.

Em busca do título inédito em Monte Carlo, Djokovic encara na semifinal o tcheco Tomas Berdych, o qual venceu em oito dos nove duelos travados. Porém, o sérvio já alerta para o bom momento do adversário na semana, principalmente, após a vitória sobre Andy Murray nesta sexta-feira.

Sérvio admitiu estar mostrando muitos altos e baixos nos jogos por conta de perda do avô Vladimir

"É um grande desafio para mim, para provar que eu sou capaz de manter o foco durante toda a partida. Essa será a única forma de eu conseguir uma vitória diante de Tomas [Berdych]. Vou dar o meu melhor. É um jogador poderoso, que adora jogar grandes partidas. Ele fez uma ótima partida contra Andy [Murray] hoje, e está jogando muito bem do fundo de quadra", finalizou Djokovic, que não disputou o torneio em 2011.

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