Cansada, Safina já cogita possível aposentadoria: "Acho difícil voltar desse jeito"

Por um tempo, Dinara Safina ficou conhecida como a irmã mais nova de Marat Safin, um jogador de potencial mas que tinha o temperamento forte como seu inimigo em quadra. Parece que o emocional nunca foi o forte na família russa.

Safina sofre com dores nas costas e segue fora do circuito feminino

De repente, tudo mudou. Safina amadureceu, ficou em forma e chegou ao auge na modalidade entre 2008 e 2009. A moscovita era uma das jogadoras dominantes do circuito feminino, mesmo com os nervos à flor da pele ainda em pauta.

Duas finais de Roland Garros na sequência (2008 e 2009) e parecia que era apenas uma questão de tempo para que ela se juntasse ao seu irmão na lista de vencedores de Grand Slam - Safin venceu o US Open, em 2000, e o Australian Open, em 2005. Mas dessa vez, um final feliz esperado por Safina, não parece ser algo à vista no horizonte.

Há cinco meses, Safina jogou sua última partida na temporada e, pelo que se anda ouvindo, a derrota para a alemã Julia Goerges, em Madri, pode ter sido o último capítulo de sua carreira no tênis. A russa alegou que anda sofrendo com dores crônicas nas costas e decidiu parar por tempo indeterminado.

"Para ser honesta, não estou certa de que vou voltar", disse a atleta de 25 anos em entrevista por telefone à ESPN.Safina está na Alemanha onde passou por vários exames a respeito da contusão. "Mas eu não quero dizer oficialmente que vou me aposentar."

Mesmo sem confirmar, Safina já começa a cogitar possibilidade de se retirar do tênis por conta de lesão

Pressionada por uma previsão de retornar às quadras, Safina foi direta. "No momento, enquanto eu estiver com essas dores nas costas, não penso [no retorno]. Estou cansada dessas dores", desabafou a atual número 129 do ranking.

Algumas semanas atrás, Safina declarou em seu site oficial que sentia saudade da adrenalina, das competições e do "frio na barriga" antes dos jogos. No entanto, a contusão fez com que o pensamento tenha mudado um pouco.

"Não sinto tanta saudade. Se você convive com esta dor por um ano e meio, não se torna mais divertido. Começo a pensar que vou ter a dor novamente e fica frustrante. Então quero ter uma vida normal. Quero viver dia após dia", concluiu Safina, que vem se aventurando nesse tempo dentro da cozinha com as lições culinárias de sua mãe, Raouza.

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