Após um 'dos maiores jogos da carreira', Djokovic nega favoritismo e prega respeito a Nadal

Nesta sexta-feira, Novak Djokovic não fez uma partida brilhante. Cometeu mais erros do que o normal - um total de 63 equívocos - , mas foi oportuno na hora que precisou se superar diante do amigo Andy Murray. Em uma batalha de 4h50min, o número 1 do mundo passou pelo britânico por 3 sets a 2, com parciais de 6/3, 3/6, 6/7(4), 6/1 e 7/5, classificando-se à final do Aberto da Austrália.

Djokovic vibra em ponto na dura partida contra Murray desta sexta-feira em Melbourne

Ao longo do dramático confronto, Djokovic precisou ir além do cansaço e problemas respiratórios que já haviam sido nítidos na partida contra David Ferrer nas quartas de final.  No próximo domingo, o sérvio jogará sua 3ª final consecutiva de Grand Slam e, novamente, terá pela frente Rafael Nadal, homem que bateu nas seis vezes que se encontraram em 2011.

Mesmo não atuando no melhor de sua técnica, Djokovic se destacou nas horas importantes, como aconteceu no 5/5 do quinto set. Nole já havia desperdiçado uma vantagem de 5/2 na parcial e ao ver o adversário empatar o set e ter dois break-points no 11º game, o sérvio se safou com uma combinação de bons saques e winners arriscados.

"Você precisa encontrar força nestes momentos e energia, isso te mantém em frente", disse Djokovic. "Neste nível, poucos pontos decidem o vencedor. Acredito que nós dois passamos por uma crise física. Ele, no quarto set, eu desde o segundo set e em meados do terceiro. Foi um jogo parelho, do primeiro ao último ponto", completou.

O confronto já havia passado da meia noite de sábado na Austrália quando Djokovic foi ao chão após a bola na rede de Murray. Na entrevista ainda em quadra, o sérvio fez questão de elogiar a luta do rival. "Andy merece todo o crédito após se recuperar de 2/5 [no quinto set]. Ele estava lutando. Não há muitas palavras para descrever o sentimento dessa partida. Foi um jogo muito baseado no físico, foi uma das melhores partidas que joguei", opinou o principal favorito em Melbourne.

Carrasco em 2011, Djokovic disse que não considera ter vantagem mental sobre Nadal (foto)

Em suas palavras com Jim Courier ainda na Rod Laver Arena, Djokovic disse que a evolução que espantou a todos em 2011 vem muito pela experiência e aprendizado que adquiriu com os principais rivais, Roger Federer e Rafael Nadal. "Para ser honesto, acho que estou mais maduro como jogador e comecei a vencer porque passei a acreditar que era capaz. Rafa e Roger foram os maiores nos últimos sete, oito anos, e era muito difícil tirar os títulos deles. Foram eles que me fizeram um jogador melhor", afirmou.

O jogador de Belgrado mostrou bom humor ao ignorar o fato de ter um dia a menos de descanso do que Nadal, que passou pela semifinal na última quinta-feira. O tenista arrancou risos do público ao dizer que vai fazer uma série de flexões pra se fortalecer mais, já que espera uma partida tão equilibrada quanto foi contra Murray.

Questionado sobre a possível vantagem recente que possui diante do rival, Djokovic preferiu ser político e alerta que isso já faz parte do passado. "É algo que veremos no domingo. Talvez tenho uma vantagem mental sobre ele por ter ganhado seis finais em 2011. Por outro lado, é um ano novo, é um novo desafio, é uma situação totalmente diferente", concluiu.

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