Verdasco tenta achar explicações para o fracasso dos espanhóis na grama

Com treze tenistas entre os Top 100, a Espanha é uma referência no mundo do tênis. A cada geração que passa, novos talentos aparecem e mantém a boa imagem do país no esporte, mas existe uma lacuna deixada na galeria dos grandes campeões espanhóis justamente num dos maiores torneios do circuito: o Grand Slam de Wimbledon.

As únicas conquistas dos espanhóis nas quadras de grama do All England Club foram em 1966, com Manolo Santana e em 1994, com Conchita Martinez. Em um encontro nesta terça-feira, Santana, considerado até o hoje o melhor espanhol da história, e Fernando Verdasco, atual 40º colocado no ranking da ATP, tentaram achar explicações para os seguidos fracassos dos tenistas espanhóis na grama.

Apesar de considerar uma melhora na adaptação dos espanhóis às quadras de grama, Verdasco acha que ainda falta muito para os tenistas da Espanha repetirem a supremacia que possuem no saibro. "A grama é a superfície que mais dá trabalho aos espanhóis, menos para Manolo Santana, é claro. São apenas quatro semanas de torneio neste piso por temporada e, por treinarmos menos na grama, as possibilidades de vitória são menores.", disse o tenista de 23 anos, apontando a falta de quadras como outro motivo dessa carência de títulos na grama. "Não temos quadras adequadas na Espanha", revelou.

Manolo Santana, por sua vez, prefere ser otimista e aponta Nadal como principal candidato a igualar seu feito. "Rafa Nadal é um campeão nato. Com sua mentalidade e um bom sorteio terá grande possibilidade de ganhar em Wimbledon".