Norte-americano disputa dois challengers
Da redação em 20 de Maio de 2008 às 19:30
Depois de dois anos fora das quadras por causa de uma contusão na costa que o forçou a passar por três cirurgias, Taylor Dent está a seis dias de retornar ao circuito. O norte-americano jogará os challenger de Carson e Yuba City, amos nos EUA, pois ganhou convite para eles. O primeiro acontece logo na próxima segunda-feira (26).
A última vez que Dent, 27 anos, disputou uma partida foi no fim de abril, em um torneio-exibição na Carolina do Sul, mas teve de desistir na segunda rodada por causa de dores nas costas. O que revelou ser um aviso. Depois de quase um mês se fortalecendo, está pronto para o desafio.
"Fisicamente é muito difícil, mas mentalmente é bem mais complicado", disse o norte-americano, que chegou a ser o número 21 do mundo em agosto de 2005. "Tinha vezes que eu começava a ver um jogo de tênis na TV e pensava que toda essa recuperação era uma perda de tempo."
A contusão começou em fevereiro de 2006, no torneio de Roterdã. Após abandonar jogo nas oitavas-de-final, Dent descobriu que um osso de sua coluna estava quebrado. Dois meses depois passou pela primeira cirurgia. A segundo aconteceu em março de 2007 tentou aliviar a dor, mas falhou. Em seguida, em setembro do ano passado, pequenas barras foram colocadas para estabilizar o osso quebrado.
Mas com o apoio dos seus pais, os ex-tenistas Phil Dent e Betty Ann Stuart, e de sua esposa, a já aposentada Jennifer Hopkins, Dent encontrou a motivação necessária para tentar mais uma vez. "Estou bem, só não quero forçar muito a minha coluna", garante. "Estou treinando forte e a contusão ainda não me atrapalhou. Tudo está indo como planejei."
Dent treina saque entre 30 e 45 minutos por dia e também realiza musculação, mas o longo período fora das quadras agravou uma contusão no pulso direito. "O resto do meu corpo está sofrendo por causa da contusão das costas", afirma.
Em compensação, Phil acredita que seu filho está em melhor forma agora do que em 2005, quando Taylor alcançou as oitavas-de-final em Wimbledon e no US Open. "Ele está batendo melhor na bola e seu saque está mais afiado também", garante o pai.
Já o treinador Nick Bollettieri acredita no sucesso do ex-pupilo. "Se Taylor conseguir algumas vitórias, seu corpo irá relaxar", afirma. "Se ele sacar como fazia, todos sabemos que ele pode voleiar, o que será bem interessante porque não temos muitos jogadores assim no circuito."