Sem tenistas no topo, Schuettler critica Federação Alemã de Tênis

Para o ex-top 5, a falta dde grandes jogadores do país é culpa dos dirigentes

Rodrigo Linhares em 2 de Março de 2009 às 13:45

Em 2008, Schuettler alcançou as semifinais de Wimbledon
O tênis alemão já foi uma das grandes potências da modalidade. Alguns tenistas do país, como Boris Becker e Steffi Graf, marcaram o nome na história do esporte.

No entanto, a atual geração de tenistas da Alemanha está bem longe das primeiras colocações no ranking. Rainer Schuettler, top 5 do ranking em 2004, deu uma entrevista ao diário britânico Daily Mail e disparou contra a Federação de Tênis do país. Aos 32 anos, ele é o tenista número 1 da Alemanha atualmente.

"O que me preocupa é a federação. Primeiro, nós perdemos Hamburgo, que era um Masters. Depois, Berlim na WTA. Nós fomos uma das grandes nações do tênis e, de repente, tudo se foi. Tommy Haas, Nicolas Kiefer e eu não estamos ficando jovens. Sempre tivemos tenistas top 10, eu fui número 5, Haas número 2, Kiefer o número 4 e não temos ninguém há dois anos. Tivemos grandes tenistas antes disso como o Boris Becker, Steffi Graf, Michael Stich. Agora não vejo ninguém".

Além de apontar o problema, o tenista, que hoje é o 31º da ATP, deu a sua opinião sobre o que deveria ser feito. "Seria melhor que tivéssemos um sistema como na França ou Espanha, com um local para todos treinarem. Em Paris, todos são bons amigos. Mas, na Alemanha, cada um faz as coisas de forma separada".

A reclamação de Rainer Schuettler sobre a falta de união no tênis alemão coincide com um dos pontos mais criticados também no tênis brasileiro. Até hoje não há um Centro de Treinamento no Brasil e isto é um dos projetos prioritários da Confederação de Brasileira de Tênis atualmente.

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