Contrariando os principais atletas do país, Associação Argentina de Tênis deve anunciar o nome de Vázquez está tarde
José Eduardo Aguiar em 16 de Dezembro de 2008 às 09:38
Para AAT, Mancini era aliado dos jogadores, o que enfraquecia a entidade |
A escolha é um recado da Federação aos jogadores, que estariam tomando controle das decisões na principal competição por equipes do tênis mundial. Os dirigentes responsáveis pelo tênis no país, encabeçados pelo vice-presidente Arturo Grimaldi, sentiam que o ex-capitão Alberto Mancini estava muito ao lado dos atletas, o que enfraquecia a entidade.
Nomeado recentemente diretor de Desenvolvimento da AAT, Vasquez estava trabalhando no programa para descoberta e formação de novos talentos. A decisão deve provocar a ira dos jogadores, que embora não tenham nada contra o novo capitão, exigiam ser consultados. "Sinceramente, não os conhecemos. Mais uma vez, passaram por cima de nós", afirmou um dos principais tenistas do país ao Olé, sem querer ser identificado.
Segundo informações dos bastidores no tênis argentino, mais de 90% dos atletas eram a favor da escolha de Martín Jaite, ex-treinador de David Nalbandian e que era considerado um dos favoritos para assumir o cargo. No final de 2004, uma carta elaborada pelos jogadores já sugeria o nome de Jaite, mas novamente o treinador for preterido pela Federação.
O anúncio que deve ser feito esta tarde colocará ainda mais pólvora na conturbada relação entre os tenistas e a AAT. Comenta-se no país que um dos principais motivos para a ausência de um título importante por equipes na Argentina é conseqüência das intensas brigas políticas que acontecem no tênis local.
Esta será a segunda vez que Tito, como é conhecido no país, será o capitão da Copa Davis. Na primeira ocasião, entre 1986 e 1988, comandou o time argentino contra uma equipe norte-americana que tinha Andre Agassi e John McEnroe, perdendo por 4 a 1, em Buenos Aires.