Sampras está pessimista em relação ao futuro do tênis norte-americano

Ex-número um do mundo é o principal representante de uma das maiores gerações da história dos EUA

José Eduardo Aguiar em 3 de Dezembro de 2008 às 08:03

Sampras se aposentou após vencer o US Open pela quinta vez, em 2002
Pete Sampras sempre foi um tenista reservado, não se envolvia em polêmicas e realizava poucas aparições extra-quadra. O ex-número um era o principal representante do tênis norte-americano, que marcou época nos anos 90. Decepcionado, o recordista de títulos de Grand Slam vê um futuro negro para o tênis de seu país.

Principal nome de uma geração que contava com André Agassi, Jim Courier e Michael Chang, Sampras está cético em relação aos tenistas norte-americanos. "(Andy) Roddick está um escalão a baixo dos principais jogadores e (James) Blake está a dois", criticou o hepta campeão de Wimbledon.

Vencedor de 64 títulos na carreira, o ex-tenista não vê uma evolução na base do tênis de seu país. "Teremos que esperar cinco, dez ou quinze anos para ver outra equipe norte-americana realmente boa. Poderíamos esperar até 40 anos".

Questionado sobre algumas especulações de que poderia ser o novo capitão dos EUA na Copa Davis, Sampras negou que tenha este objetivo. "Neste momento não penso nisso. Nunca pode se dizer nunca, mas estou com 37 anos e a capitania não está nos meus planos".

Ao longo de sua vitoriosa carreira, Sampras conquistou 14 títulos de Grand Slam, sendo sete em Wimbledon, cinco no US Open e dois na Austrália. Recordista absoluto de títulos neste tipo de torneio, o norte-americano acredita que o seu reinado está com os dias contados. "Federer quer voltar ao número um e tem muita gana para quebrar meu recorde. Acho que consegue em Wimbledon". Para quebrar a marca, o suíço terá que vencer mais dois Grand Slams, já que conta com 13 conquistas.

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