Argentino, que anunciou a aposentadoria das quadras ontem, afirmou que não tinha mais gana para jogar os grandes torneios
José Eduardo Aguiar em 29 de Abril de 2009 às 13:06
| Coria chegou a ser número três do mundo |
Ex-número três do mundo, Coria era um grande discípulo da escola argentina do saibro, inspirada na lenda Guillermo Vilas. Com o declínio de sua carreira - além das carreiras de Gustavo Kuerten, Magnus Norman, Marat Safin e Juan Carlos Ferrero -, o caminho para o agora `Rei do Saibro` Rafael Nadal ficou muito mais fácil e o espanhol já acumula quatro títulos seguidos em Roland Garros.
"Cada treino que fazia pensava que poderia voltar ao meu nível, que poderia voltar e ganhar de Nadal na terra batida", assumiu Coria. Porém, faltava alguma coisa para empurrar o tenista de volta ao circuito. "Perdi a gana de buscar essa volta a cada partida. Fui recebendo vários golpes em minha carreira e já não podia render o meu máximo", lamentou.
Considerado um dos tenistas mais talentosos do mundo no começo dos anos 2000, o argentino de 26 anos nunca teve um poder mental a altura de sua capacidade. "Não se ganha somente com a munheca e o talento, é necessário estar bem da cabeça e superar metas. Ia para os torneios, mas não tinha mais motivação para vencê-los", afirmou o jogador.
Sem dúvida, o circuito profissional sentirá muito a falta de Guillermo Coria. Porém, as crianças argentinas deveram ganhar um novo professor, já que o agora ex-tenista pretende trabalhar com a garotada e oferecer clinicas de tênis. O futuro daqui a dois anos? Nem ele mesmo sabe, apesar de não descartar uma possível volta às quadras.
Coria afirmou ter enfrentado problemas com o saque durante a carreira. Confira uma matéria de instrução especial da Revista TÊNIS parar aprimorar o seu saque...
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