Principais tenistas da Espanha são contra nomeação de nova capitã e geram mal estar no tênis espanhol

O tênis espanhol segue em crise. Desde a nomeação de Gala León como nova capitã do time da Espanha na Copa Davis, os principais jogadores do País se recusam a entrar em quadra para disputar o torneio por equipes. Nadal, Ferrer, Verdasco, entre outros reclamam que não foram consultados sobre a escolha e resolveram ficar contra a Federação.

Para piorar a situação, o presidente da Real Federação Espanhola de Tênis, José Luis Escañuela, foi afastado da presidência por falta de transparência sobre a nomeação de Gala León e um possível desvio de 600 mil euros para uma entidade, na qual é dono. “Minha nomeação foi votada e foi consensual. Mas mesmo que não fosse, o presidente pode colocar quem quiser no comando e não haveria cometido nenhuma ilegalidade neste sentido”, se defende a ex-tenista.

Os principais tenistas da Espanha usaram suas redes sociais para se opor contra a nova capitã.  “Quando tudo que uma diretora faz, desde que chegou foi causar mal estar, criar diferenças entre os jogadores e falar mal deles na imprensa, demonstra que alguma coisa está errada”, disse Tommy Robredo. Fernando Verdasco também lamentou a situação complicada que vive o tênis do seu País. “Está claro que a situação com a Federação não é a melhor e já estamos assim há muitos meses. Nós jogadores esperamos uma solução rápida e da melhor maneira possível”, afirmou.

Para finalizar, Gala León alega que a insatisfação dos jogadores beira o machismo e o fator econômico. “Deixo claro que há um problema econômico, porque a Davis não pode competir com os torneios da ATP. Não fui eu quem propôs o debate do machismo, o primeiro a falar sobre uma mulher no vestiário masculino foi Toni Nadal”.

Dentre os tenistas top 100, apenas dois jogadores se mostraram favoráveis a enfrentar a Rússia pela Copa Davis, entre os dias 17 e 19 de julho. O experiente Daniel-Gimeno Traver, 62º do ranking mundial, e o duplista David Marrero.