Presidente da ITF ironiza críticas de Federer e Murray sobre exames anti-doping: "adoram falar"

Nas últimas semanas, o britânico Andy Murray criticou a Federação Internacional de Tênis (ITF) no que diz respeito ao pequeno número de exames anti-doping realizados nos torneios do circuito profissional. Presidente do Conselho de Jogadores da ATP, o suíço Roger Federer também apoiou a atitude do colega e reclamou da atuação da ITF no combate do uso de substâncias ilegais no tênis.

Federer e Murray criticaram ITF questionando a baixa quantidade de exames anti-doping

Nessa terça-feira, o presidente da entidade, o italiano Francesco Ricci Bitti, decidiu responder as declarações dos números 2 e 3 do ranking, respectivamente. Para o dirigente, as palavras dos jogadores são relevantes, porém sem sentido para muitos que, há algum tempo, reclamavam do excesso de rigor nos testes.

"Você conhece os tenistas, eles adoram falar. Poucos anos atrás, os mesmos jogadores reclamavam, pois eram muito testados. Não acho que eles estão certos. Mesmo assim eles nos ajudam com essas palavras, já que possibilitam que a gente se mova numa direção. Mas é estranho, os tenistas mudam muito o pensamento", declarou Bitti à agência DPA.

Apesar das reclamações dos atletas, o dirigente confirmou que a ITF deve ampliar o número de testes anti-doping e também implementar um programa de passaporte biológico.

"Nas últimas semanas estamos trabalhando para criar um programa que tenha a mesma qualidade e tenha mais testes, especialmente em épocas sem competições, assim como testes de sangue em geral", revelou.

"Precisamos de um consenso com a WTA e a ATP. Aumentar o programa anti-doping custa muito dinheiro", encerrou Bitti.

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