Na Li aprova controle emocional e credita vaga na final da Austrália ao trabalho de pré-temporada

Chinesa teve atuação de gala contra Sharapova na semi, tenta primeiro título em Melbourne e avisa que experiência pode ajudá-la no próximo sábado

Da Redação, Em São Paulo em 24 de Janeiro de 2013 às 13:21

Com um saque sólido, uma impressionante velocidade do fundo da quadra e disparando poderosos golpes de todos os lados da base, a chinesa Na Li alcançou a sua terceira final de Grand Slam, sendo a segunda no Aberto da Austrália, ao vencer a russa Maria Sharapova por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/2. Com o triunfo, a asiática comprova ser carrasco de nova integrante do top 4 da WTA, já que eliminara a polonesa Agnieszka Radwanska, quarta do ranking, nas quartas de final.

Chinesa Na Li controlou duelo contra Sharapova e chegou à final do Australian Open
No jogo dessa quinta-feira, Li nunca viu sua vitória ser ameaçada contra Sharapova, que vinha com uma campanha magistral em Melbourne - somente nove games perdidos em cinco jogos anteriores. Foram 21 bolas vencedoras da asiática contra 17 da adversária, enquanto que, nos erros não forçados, cometeu apenas 18 diante de 32 da russa, que foi vice-campeã do torneio em 2012.

O resultado representou um contraste no retrospecto direto entre ambas, já que Sharapova havia vencido as três últimas partidas, todas em 2012. "No começo do jogo, estava nervosa - estava feliz de ter chegado às semifinais novamente, mas, por alguma razão, eu queria muito vencer esse jogo", disse Li na coletiva de imprensa.

"Não sei o que aconteceu comigo hoje. Simplesmente vim à quadra e disse 'tudo bem, apenas vença'. Tivemos jogos parelhos. Eu ficaria furiosa ou algo do tipo nesses momentos se acontecesse antes, mas, nesse ano, tentei me acalmar na quadra. Como Hollywood - você não precisa mostrar à sua adversária o que está pensando. É um pouco como Hollywood, mas não é real. Eu ainda tenho trabalho pela frente", completou a tenista, que chegou ao vice em 2011 após perder para a belga Kim Clijsters.

A outra decisão de Grand Slam da tenista de 30 anos aconteceu no saibro de Roland Garros, quatro meses depois da final em Melbourne, e Li surpreendeu com triunfo sobre a italiana Francesca Schiavone. Questionada a respeito de como a final no próximo sábado pode ser diferente das duas anteriores, a chinesa aposta na experiência como fator positivo contra Victoria Azarenka, atual campeã na Austrália e que passou por Sloane Stephens também nessa quinta-feira.

"Na minha primeira final de Grand Slam em 2011, eu estava um pouco chocada. Não sabia o que fazer. Ninguém me disse o que fazer em quadra. E dois anos atrás, eu era a primeira jogadora da China a alcançar essas coisas, então todos ficaram empolgados - talvez agora não seja mais interessante. Mas essa vez promete ser melhor. Com o que devo me preocupar? Trabalhei duro no inverno [no hermisfério norte], treinando forte, e agora tudo está voltando para mim. Vou à quadra, pego minha raquete e aproveito o tênis", concluiu Li.

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