Nada mais aconselhável para aprimorar um golpe do que se preparar antecipadamente
Pelo Departamento de Capacitação da CBT em 7 de Março de 2016 às 18:40
O primeiro passo quando se trata de produção de golpes de base é a preparação antecipada. Os livros de instrução em geral sempre dizem: "quanto antes preparar, melhor!". E para fazer a preparação antecipada, o jogador, antes de qualquer coisa, tem que perceber para que lado vai a bola, se para o forehand ou backhand. A partir desse ponto, ele tem o desafio de tentar "ler" o mais rapidamente possível, para que possa identificar não somente a direção que a bola está vindo, mas também a velocidade, profundidade, altura e efeito. São estas variantes que determinam a preparação da raquete (mais rápida, mais curta etc).
Outro ponto importante que precisamos entender é a preparação de corpo e pernas do jogador. As formas de entrar na bola, sair dela, os passos de ajustes, também estão diretamente relacionados com a percepção (leitura da bola) do atleta. Quanto melhor a leitura, melhor o posicionamento do tenista para bater. É comum os iniciantes terem grande dificuldade em ler como será a trajetória da bola e para isso é fundamental o trabalho do professor em estimular o aperfeiçoamento dessa habilidade. O aluno, se estimulado, pode aprender muito mais rápido a ler a bola do adversário.
Essa habilidade pode ser treinada através dos lançamentos do professor. A variação dos lançamentos para o desenvolvimento da percepção é muito importante. Um dos drills mais comuns é pedir ao aluno que fale alto antes que a bola passe a rede. Seguindo uma progressão, o aluno tem que dizer, sempre antes que a bola passe a rede, para onde ela está indo (direção), se é rápida ou lenta (velocidade), se é curta ou longa (profundidade), se está vindo alta ou baixa (altura) e que efeito foi utilizado (spin ou slice).
O ideal é o professor se posicionar mais próximo da linha de base para efetuar os lançamentos com o objetivo de dar tempo para o aluno ler a bola. Como forma de regressão nos lançamentos, caso o aluno tenha dificuldade de percepção, o professor pode deixar a bola quicar antes de lançá-la, para dar mais tempo de o aluno adquirir a percepção necessária para se antecipar.
Em uma etapa posterior, o professor bate bola com o seu aluno buscando uma grande variação nos seus golpes. E em um último momento, o treinador joga pontos com o seu aluno, sempre dentro do mesmo princípio de variação. Pratique com seu técnico a habilidade de percepção e logo você notará uma melhora progressiva na qualidade de seus golpes.