Os tenistas são acusados de guardarem suas fortunas em contas secretas no Banco HSBC da Suíça
Da redação em 10 de Fevereiro de 2015 às 10:30
"Um grande buraco negro do sistema financeiro," foi assim que uma das maiores denúncias contra fraudes fiscais foi definida pelos especialistas. O esquema de contas no HSBC da Suíça, chamado de "Swissleaks", continha mais de US$ 100 bilhões em contas secretas de 100 mil pessoas, com direito a traficantes, sheiks e grandes nomes do esporte envolvidos.
A denúncia foi feita na França e os dados foram obtidos por Herve Falciani, um especialista em sistemas de computador, que obteve dados do HSBC e colaborou para a divulgação do esquema que escondia dinheiro em contas do banco suíço. Grandes nomes do esporte foram envolvidos, como Fernando Alonso, Valentino Rossi, Michael Schumacher e os tenistas Marat Safin e Paradorn Srichaphan.
Safin, que arrecadou mais de US$ 14 milhões em premiações durante toda a sua carreira, foi conectado a três contas que movimentram 4,87 milhões de dólares. O tailandês Paradorn Srichaphan ganhou quase 3,5 milhões de dólares em prêmios e teve seu nome ligado à um montante de US$ 1,5 milhões, dividido em cinco contas. Os tenistas não comentaram a respeito das acusações até o momento.
Como a Suíça possui um sistema de sigilo bancário absoluto, o país europeu é um dos grandes paraísos fiscais do mundo, pois, como no caso, a origem do dinheiro não é questionada e muitas fortunas transferidas para a Suíça não são declaradas em seus países de origem. Os envolvidos terão que justificar as quantias guardadas no HSBC da Suíça às autoridades competentes.