Jogadores querem ser ouvidos a respeito do novo capitão argentino da Davis

Chela, Calleri e Juan Mônaco esperam ser consultados antes do anúncio do novo comandante

José Eduardo Aguiar em 10 de Dezembro de 2008 às 13:57

Calleri (à direita) não foi bem nas duplas, sendo criticado por parte da imprensa argentina
O cargo de capitão argentino na Copa Davis está em aberto. Após a derrota para a Espanha na final, Alberto Mancini renunciou, dando início a muitas especulações no país. Apesar de muitos nomes terem sido comentados, os jogadores deram um recado aos dirigentes e afirmaram que devem ser consultados antes da decisão.

Em Buenos Aires, onde disputam a Copa Argentina de tênis, Juan Ignácio Chela, Juan Mônaco e Augstin Calleri falaram sobre o assunto e deixaram claro que querem ser ouvidos a respeito do novo comandante. "Penso que é fundamental que se escute os jogadores, porque depois somos nós que teremos que conviver com o capitão", afirmou Chela, que volta às quadras depois de mais de seis meses.

Adotando discurso parecido, Juan Mônaco, que estava cotado para jogar a partida de duplas diante dos espanhóis, espera que a decisão seja tomada em conjunto. "Acredito que é importante que todos se juntem e tomem a decisão em grupo, para não haver problemas no futuro", comentou o número 46 do mundo.

Muito criticado por parte da imprensa local após a má atuação na partida de duplas da final, quando jogou ao lado de David Nalbandian, Augustin Calleri não acredita que a federação levará em conta a opinião dos jogadores. "Podemos opinar uma coisa, mas depois a Associação (Argentina de Tênis) vai decidir outra. Temos que achar um candidato em comum", propôs o jogador, que já participou de duas finais de Copa Davis e ainda não conseguiu ajudar o país a vencer a competição pela primeira vez.

Alguns nomes estão sendo especulados na Argentina, mas os jogadores preferiram não falar publicamente suas preferências. Os favoritos para assumir o comando da equipe são Martin Jaite, que pode fazer uma parceria com Hernán Gumy, e Javier Frana. Porém, o maior ídolo da modalidade no país, Guillermo Vilas, se candidatou ao cargo e botou uma dúvida na cabeça dos dirigentes. A decisão deve ser anunciada ainda este ano e já promete gerar polêmica neste conturbado momento do tênis argentino.

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