O sueco acredita que a Internet fez com que as pessoas prestassem muito mais atenção aos árbritos no tênis
Carla Destro em 5 de Junho de 2009 às 14:23
Lars Graff em Roland Garros |
"Eu acho que a pressão é muito maior hoje. Tem mais prêmio em dinheiro. Existe uma cobertura maior da televisão. Cada palavra que eu digo para o tenista vai para o mundo todo", Graff disse em entrevista ao blog de Nick Bollettieri.
"Se um jogador diz alguma coisa para mim, a minha resposta está no Youtube 10 minutos depois", explicou ele. "Se você quiser estar no topo, sempre há mais pressão."
Graff contou que o último jogo que fez foi a final entre Roger Federer e Rafael Nadalem Madri. "15 mil pessoas assistindo ao vivo e milhões vendo pela televisão, e o jogo foi no país de um jogadores (Nadal). Hoje, nós esperamos consistência. Não importa se o jogo é na quadra 21 do US Open ou na quadra central de Wimbledon."
Além da necessidade de trabalhar com jogadores de alta competitividade, Graff disse que é fundamental ter a habilidade de esquecer um jogo a partir do momento em que ele termina. "Eu começo cada jogo do zero. Se o jogador fala alguma coisa para mim durante o jogo, eu não levo para o próximo confronto, não posso", explicou o sueco.
Questionado sobre rumores de que Pete Sampras teria pedido que Graff não apitasse seu jogo depois de um match point equivocado que acabou dando a vitória para Patrick Rafter, Graff disse que está acostumado com a emoção dos jogadores.
"Eu nunca ouvi esses rumores. Claro, Pete estava bravo. Eu entendo a reação dele. Ele queria ganhar o jogo", disse Graff. "Se um tenista fica bravo com um juiz, isso faz parte do jogo. Já tive várias discussões com grandes jogadores e eu ainda faço o jogo deles. Alguns jogadores confiam que eu faço a chamada certa. Outros, eu tenho que convencê-los de que eu sei o que estou fazendo e que eu fiz a chamada certa", concluiu Graff.
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