Em parceria com Ministério do Esporte e a CBT, ex-tenista quer impulsionar o tênis no país e treinadores capacitados são a chave para o sucesso
Da redação em 16 de Setembro de 2011 às 06:13
Guga fechou acordo com Ministério do Esporte e a CBT para realizar um projeto de desenvolvimento do tênis no país |
Com a meta de multiplicar os representantes do país no top100, Guga cita o futebol como exemplo e conta que se sente como um empresário. "É fundamental identificar quem é útil em cada função. O João Zwetsch é parte da Copa Davis e tem que fazer parte. Já o Larri é a melhor mão-de-obra do Brasil. Eu posso ajudar internamente e atrair mais gente capaz para o projeto. É como se fosse montar uma empresa. Estou fugindo bastante do tênis, mas tenho o know-how. Sei, por exemplo, que um jovem de 15 anos pode ter defeitos e isso é normal, não precisa se apressar", explicou.
Com uma verba de aproximadamente R$ 2 milhões, o projeto contará inicialmente com 14 jogadores, entre eles as principais promessas, como Tiago Fernandes, Guilherme Clezar e Beatriz Maia, além de tenistas mais experientes, a exemplo de João "Feijão" Souza e Rogério Dutra da Silva. Ao falar sobre o objetivo de povoar o top100, o tricampeão de Roland Garros citou o futebol.
Guga quer colocar muitos jogadores no seleto grupo dos 100 melhores |
Um dos pilares do movimento que derrubou Nelson Nastás da CBT, Guga resolveu se aliar à gestão encabeçada por Jorge Lacerda. Além de contribuir com a estratégia do projeto, o ex-líder do ranking da ATP procura usar seu prestígio mundial para romper a resistência de pessoas e entidades com potencial para contribuir.
"Se você coloca um cara para falar, mesmo tudo sendo verdadeiro, não tem certeza que o negócio vai vingar. As pessoas me escutam e ainda dão margem: 'estou receoso, mas pode contar comigo'. Tenho certeza que o Jorge não conseguiria pegar a CBT e fazer esses elos que estou formando. No Brasil, vivemos uma série de decepções com confederações. Os atletas e treinadores têm isso dentro deles. Cabe a mim quebrar", explicou.
Para Guga, ascensão recente de Bellucci ajudou o crescimento do tênis no Brasil |
"Chegou o momento de trazer algo que possa mudar verdadeiramente. Mas ainda é um desafio muito grande e o essencial é aglutinar as forças", afirmou Guga, que fez contato pessoalmente com entidades que investem na modalidade. "Esse é um projeto pontual, vai ser muito útil e é uma ação bastante positiva para poder começar. Procuramos pensar em coisas boas que provoquem outras mobilizações".
Além de investir nos jogadores, Guga quer capacitar os treinadores para formar novos talentos. Como exemplo, o ex-tenista citou a Espanha, que tem três representantes no top10. "Precisamos de 20, de 30 bons treinadores. Não pode ser só o Larri Passos e o Ricardo Acioly. Na Espanha, eles têm 50 bons treinadores e por isso os jogadores saem mais facilmente", concluiu.
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