Partidos de oposição na Suécia exigem o boicote ao país do Oriente Médio, em protesto contra os ataques na Faixa de Gaza
José Eduardo Aguiar em 13 de Janeiro de 2009 às 07:56
Torcedores pediram a desistência de Peer no torneio de Auckland |
A direção do Partido da Esquerda Socialista e a Federação das Mulheres do Partido Sociodemocrata sueco estão exigindo a suspensão do confronto, marcado para os 6,7 e 8 de março, na cidade de Baltiska Hallen de Malmö, ao sul do país.
Sugerindo um boicote geral a Israel, Ingalill Bjartén, vice-presidente da Federação das Mulheres, faz duras críticas ao país do Oriente Médio: "Eles matam crianças e adultos, dizendo que a política e o esporte não têm nada a ver uma com a outra". Revoltada com a situação, a sueca pede que "não se ignore a realidade".
O sentimento entre os grupos contrários à realização da partida, segundo a presidente da mesma organização, é de que não se deve jogar contra "países que dirigem uma guerra". A opinião é de Anne Ludvigsson, pedindo ao público que não compareça caso o confronto acabe sendo disputado.
A causa vem ganhando força na Suécia. Inclusive, foi criada uma rede social na Internet chamada "Stoppa matchen!" (Parem a partida, em português), que já conta com mais de 1800 pessoas em apenas três dias.
Representado o Governo de centro-direita que comanda o país, Ewa Björling, ministra do Comércio, fez duras críticas a este tipo de atitude, classificando como uma "verdadeira estupidez". Já o presidente da Federação Sueca de Tênis, Henrik Källén, rechaçou qualquer chance dos protestos obterem resultado. "A eliminatória será jogada. Os únicos que poderiam parar a partida seriam a ONU, a União Européia, ou se o Governo estabelece um boicote geral a Israel", declarou.