Ferrero não aceitará convite tardio da organização de Madri

Depois de anunciar que Juan Carlos Ferrero, ex-número um do mundo, não receberia um "Wild Card" para jogar o Masters Series de Madri, a organização do torneio acenou com a possibilidade de rever a decisão. Porém o tenista, que se sentiu desprestigiado, anunciou que não vai mais aceitar um convite para jogar diante de sua torcida.

Campeão em 2003, Ferrero não jogará em Madri

A mudança de plano dos organizadores se deve ao fato de que se Feliciano Lopez e Carlos Moya ganharem mais uma partida cada esta semana conseguirão a vaga pelo critério do ranking, não precisando mais dos convites que lhe foram oferecidos. Assim, um "Wild Card" seria dado a Ferrero.

O campeão de Roland Garros em 2003 disse ao jornal espanhol Marca que estava muito chateado com o episódio. "Foi uma falta de respeito, um impacto pessoal muito forte. Jogar em Madri era muito importante para fechar bem a temporada", disse o tenista.

O que mais irritou Ferrero foi o fato de dois "Wild Cards" terem sido entregues a tenistas de outros países, como o russo Marat Safin e o italiano Fabio Fognini. A reclamação do espanhol é de que um acordo havia sido feito com os organizadores do Masters de Roma, e, portanto, o convite teria sido dado ao italiano, apenas 73° do mundo.

Outros tenistas do país saíram em defesa do "Mosquito", como é chamado na Espanha. O líder do ranking mundial e um dos favoritos ao título em Madri, Rafael Nadal, gostaria de ver o compatriota no torneio e analisou a complicada situação. "Me parece uma injustiça com Ferrero, é uma pena. Mas acredito que é uma questão que envolve patrocinadores e é complicado entrarmos nessa discussão", declarou o número um do mundo.