Federer não se abala com má fase e anseia por novo Grand Slam e ouro olímpico

Suíço caiu para o 4º lugar do ranking e venceu apenas um torneio em ano longe do melhor nível; mesmo assim, atleta nega ideia de aposentadoria

Da redação em 18 de Outubro de 2011 às 06:49

Federer vem enfrentando a pior fase desde que chegou aos melhores do mundo
Se o próprio jogador nega estar vivendo um mau momento no circuito, no mínimo, Roger Federer tem que admitir que nunca enfrentou uma "seca" tão grande de títulos em uma só temporada. Até aqui, o ex-número 1 do mundo e vencedor de 16 Grand Slams apenas triunfou nas quadras de Doha, na primeira semana do ano e, de quebra, vem em queda livre no ranking da ATP.

Após abdicar de jogar no Masters 1000 de Xangai, Federer viu seu algoz do ano passado, o britânico Andy Murray conquistar o bicampeonato na competição chinesa e ultrapassá-lo na classificação da entidade. Foi a primeira vez desde que venceu o seu primeiro Major, em Wimbledon/2003, que Federer sai do grupo dos 3 melhores do mundo.

Suíço não se abala com queda de produção e descarta aposentadoria
Em entrevista ao jornal L''Equipe, porém, o jogador da Basileia afirma que os maus resultados podem causar certa instabilidade, mas que não chegam a abalar a sua confiança. "As expectativas e as dúvidas sobre o meu jogo crescem com cada derrota, mesmo se eu não me abalo. Aí que entram os desafios. Você tem que provar para todos que pode ainda vencer um Slam, e para isso, tem que vencer Rafa e Djokovic, mas também o Murray, porque ele pode vencer nós três".

Para o mais "novo" veterano do circuito, o suíço afirma que tenta planejar sua carreira de acordo com o que for melhor para sua família e não espera bater mais recordes como acontecia quando era mais jovem. "Aos 30 anos, você não administra a carreira como quando tem 25. É normal, eu tenho uma família agora [esposa e filhas]. Isso pede uma organização maior do que 2004, por exemplo, quando eu viajava só com a Mirka. Era fácil, flexível, eu ia para onde queria. Agora não", disse Federer adicionando que não se preocupa com um suposto fim de carreira nos próximos anos.

"Comecei a pensar em parar há quatro anos. Depois de tudo que fiz, poderia parar com a consciência em paz. Mas quando acabar, acabou! Tenho orgulho da minha carreira e sei que vou viver por muito tempo depois do tênis, espero fazer mais coisas com a minha fundação em outros campos. O fim não me assusta. Ainda mais com uma família. Terei mais tempo para ela, mesmo já estando totalmente dedicado a ela".

Ouro nas duplas em Pequim/2008, Federer tenta ficar no lugar mais alto do pódio em Londres no individual
Em 2011, o melhor desempenho nos quatro Grand Slams veio exatamente onde menos venceu - no saibro de Roland Garros, em que acabou batido por Nadal. Mesmo com troféus em todas as superfícies, Federer revela não estar satisfeito e mostra quais são os próximos objetivos. "Outro Grand Slam ou a medalha nas Olimpíadas de Londres. Ainda não tenho aquela medalha. Os Jogos sempre foram algo extraordinário para mim", finalizou o tenista, que tentará o ouro inédito nas simples em 2012.

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