Suíço foi surpreendido por ucraniano Stakhovsky na segunda rodada em Londres, o que significou a queda mais precoce desde Roland Garros/2004
Da Redação, Em São Paulo em 27 de Junho de 2013 às 10:23
A derrota de Roger Federer na segunda rodada de Wimbledon realmente foi a grande surpresa até aqui do torneio inglês e não por conta de um ótimo desempenho do suíço na temporada, o que está longe de ser a razão, mas pelo fato de que o tenista de 31 anos não perdia tão cedo em um Grand Slam.
Foram 36 quartas de finais consecutivas nos quatro maiores torneios do planeta e a última vez que ele não tinha chegado tão longe foi em Roland Garros/2004 quando Gustavo "Guga" Kuerten apareceu em seu caminho logo na terceira rodada.
E o revés de ontem foi para um tenista fora do top 100. Sergiy Stakhovsky é o atual 116º do mundo e nunca havia vencido um tenista top 10 antes na carreira. Aos 27 anos, o ucraniano tem apenas um título na grama (piso de Wimbledon), enquanto que Federer possui 13, sendo sete deles no All England Club.
Mesmo com todos esses contras, o suíço mostrou sua experiência e não quer ter pânico nesse momento da temporada. "Você não pode ficar desesperado nesse momento, isso é claro. Você só volta para o trabalho mais forte. É algo simples. É difícil de fazer às vezes, mas normalmente eu consigo reviravoltas muito bem", analisou Federer.
As piores derrotas do ex-número 1 do mundo em Wimbledon até então haviam acontecido em 1999, 2000 e 2002, quando foi eliminado logo na estreia. Mas, ainda assim, Federer nega que o revés vai afetá-lo para futuras participações em Londres e também descarta qualquer chance de aposentadoria.
"Ainda tenho planos de competir por muitos anos. É normal que, após uma derrota inesperada e após estar nas quartas de final de Grand Slams por 36 vezes seguidas, as pessoas creem que seja diferente", avaliou o dono de 17 títulos de Grand Slam.
"Agora, isso significa uma derrota, uma decepção, seja lá como vão chamar. Mas, acima de tudo, acho que joguei muito bem há oito meses no ATP Finals [foi vice-campeão], joguei bem no Australian Open [perdeu na semifinal]. Não acredito que esteja jogando muito mal como alguns retrataram. A temporada ainda não acabou, estamos apenas na metade dela. Ainda tenho tênis para mostrar e é nisso que vou me focar para fazer um bom final de ano", concluiu Federer, que deverá voltar apenas no Masters do Canadá, em agosto.