Suíço comparou sua performance na atualidade com a de 10 anos atrás, quando venceu Wimbledon pela 1ª vez, e crê que está muito mais forte
Da Redação, Em São Paulo em 24 de Junho de 2013 às 13:33
Em 2003, Roger Federer entrou em quadra para sua primeira rodada em Wimbledon diante do sul-coreano Hyung-Taik Lee sem imaginar de que aquele encontro seria o primeiro de uma série de sucessos na grama sagrada do All England Club. Dez anos depois, o tenista suíço, agora com 31 anos de idade, abriu sua campanha em busca do oitava título em Londres com estilo. Afiado, ele não encontrou nenhuma dificuldade para passar pelo romeno Victor Hanescu por 6/3, 6/2 e 6/0.
Federer (foto) venceu Wimbledon pela primeira vez há 10 anos
Logo depois, na coletiva após o jogo, Federer refletiu no crescimento e evolução como jogador desde que venceu pela primeira vez na Inglaterra, há 10 anos. "Sinto que estou mais forte, porque, naquela época, estava crescendo, meu corpo se desenvolvendo, e não tinha certeza qual era meu limite físico em quadra. Também não tinha tanta certeza de como jogar taticamente [há 10 anos]", disse Federer.
"Hoje, estou mais forte, porque tenho mais experiência, pois já joguei muito. Então, acima de tudo, sou um jogador bem mais completo. Nesses 10 últimos anos, muitas coisas mudaram - a tecnologia da raquete, cordas, bolas, a velocidade das quadras. Todas essas coisas têm um grande impacto no jogo e eu tive que ajustar meu jogo de acordo com essas alterações", explicou.
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O tenista de 31 anos também discutiu a evolução do tênis moderno em relação à tática e ao estilo dos jogadores atuais, reiterando que os melhores do mundo na atualidade precisam se adaptar ao estilo vigente para se manterem na elite do ranking.
"Outros jogadores apareceram no circuito. Havia menos jogadores de saque e voleio, que procuravam a definição mais rápida, e mais jogadores do fundo de quadra. Você tem que se ajustar a tudo isso. Se o jogo fosse mais para o lado de saque e voleio, era o que eu faria mais hoje em dia também. Eu tive que ajustar meu estilo devido às circunstâncias. Honestamente, como um tenista, você nunca deve parar de trabalhar buscando evoluir. Sempre acreditei que devo trabalhar minhas armas e também as minha fraquezas", concluiu o dono de 17 títulos de Grand Slam.
Na segunda rodada, Federer enfrentará o ucraniano Sergiy Stakhovsky, algoz do brasileiro Rogério Dutra Silva. Ainda nessa segunda-feira, o experiente suíço recebeu uma a notícia da eliminação do espanhol Rafael Nadal, que deveria ser seu provável adversário nas quartas de final.
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