Ex-número um, Mauresmo critica manutenção do Aberto da França em Roland Garros

Ex-tenista francesa não concordou com decisão de Federação Francesa e desejava local com mais espaço para o público

Da redação em 14 de Fevereiro de 2011 às 10:36

Federação Francesa manteve segundo Grand Slam do ano em Roland Garros
Ex-número um do mundo em 2004 e campeã de Wimbledon e do Aberto da Austrália, a francesa Amelie Mauresmosempre chegou a Roland Garros carregando o peso de se tornar a primeira atleta da casa a vencer o Grand Slam parisiense após a lendária Suzanne Lenglen, porém nunca conseguiu corresponder as expectativas do apaixonado público do Aberto da França.

Mauresmo não gostou da decisão em manter Aberto da França em Roland Garros
E este público de Paris, juntamente com vários atletas do circuito, teve um motivo de orgulho nesse último final de semana, já que a Federação Francesa de Tênis decidiu manter a sede do segundo Major da temporada na capital francesa, no tradicional Stade Roland Garros. No entanto, a decisão da entidade não agradou a todos e Mauresmo foi, surpreendentemente, uma dessas pessoas.

Em entrevista à agência Reuters, a ex-tenista não concordou com a atitude tomada pela Federação, reclamando da falta de espaço no complexo atual, o que era uma das principais causas para a discussão de um novo local para sediar o torneio. "Em Paris, não temos a possibilidade de ter espaço necessário para desenvolver Roland Garros. Somos o menor dos quatro Grand Slams e é importante ter a chance de crescer e para o público ter mais espaço", declarou a jogadora, que se aposentou do esporte há dois anos.

O evento, jogado em Porte d´Auteuil, tinha propostas para ser jogado em Versalhes, Gonesse e Marne-la-Vallee (perto da EuroDisney), a partir de 2016, locais maiores do que o atual complexo. Mantido em Roland Garros, o Aberto da França sofrerá uma expansão para o Bosque de Bolonha, porém permanecerá o menos dos torneios do Grand Slam.  
Em Roland Garros, grandes nomes fizeram história, como o tricampeão Gustavo Kuerten
O prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, cogitou a possibilidade da construção de uma nova arena para 5000 lugares e que oferecerá mais espaço em até 60%. Há também um plano de construir um teto retrátil na quadra central, a Philippe Chatrier, e da inclusão de refletores para ocorrer a realização de partidas à noite.   Delanoe ainda se declarou "muito feliz" e prometeu avançar com planos para a reconstrução do complexo. A cidade de Marne-la-Vallee expressou desapontamento com o resultado, mas desejou boa sorte ao local já existente em seus planos. Por sua vez, o prefeito do subúrbio de Gonesse admitiu que não esperava vencer, especialmente depois das concessões feitas pelo desenvolvimento da cidade no ano passado.   Mas, segundo ele, a decisão foi o resultado de uma "visão aristocrática e elitista" que garante o torneio permanecer "o menor dos Grand Slams. Um dos principais motivos citados para manter o torneio em Roland Garros foi o custo. Alterando o complexo, custaria o dobro do atual preço de US$339 milhões de renovação.      

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