Gaúcho de 26 anos de idade vive sua melhor fase no Tour
Por Vinicius Araujo em 15 de Julho de 2022 às 19:00
O gaúcho Rafael Matos vive o melhor momento de sua carreira no circuito profissional ATP. Com 3 títulos na temporada 2022 (Santiago, Marrakech e Mallorca) e um vice-campeonato (Munique), Matos segue com pé no chão, mas com grandes objetivos junto ao seu parceiro espanhol.
Em conversa exclusiva, Rafa contou à Revista Tênis seus principais momentos da temporada, quais foram as sensações de jogar os principais torneios do mundo e enfrentar os melhores tenistas do ranking, além de seus próximo passos no Tour.
Confira abaixo a entrevista:
Você encontrou um caminho no circuito profissional e focou apenas nas duplas. O resultado veio rápido e agora você é o #38 do mundo e #2 do Brasil. Como foi está sendo esse momento?
É muito gratificante e fico muito feliz de ver o trabalho que eu, o Franco e minha equipe estamos fazendo está dando certo e me motiva ainda mais para continuar fazendo as coisas bem e seguir crescendo.
Divulgação/FilaBR
Na atual temporada, você jogou ao lado de Meligeni e de Luz, mas logo depois fechou parceria fixa com o Vega Hernandez, que está dando muito certo. O que você pode comentar sobre esse entrosamento?
Pra mim na dupla conta muito a conexão e a relação que se tem com o parceiro. E assim como com o Orlando e o Felipe, que são dois dos meus melhores amigos, com o David essa nossa parceria e energia é muito boa tanto dentro quanto fora da quadra.
Recentemente, na grama de Mallorca, você conquistou seu 4º ATP da carreira, sendo o 3º este ano. Como foi jogar na grama e conquistar um título nesse piso?
Esse título teve um significado diferente e especial, pelo fato de não ser a nossa superfície favorita, de ser o nosso primeiro torneio na grama juntos, o meu segundo no profissional e por ter feito um trabalho específico depois de Roland Garros, nas duas semanas que estive treinando com o Franco na ADK, focado bastante em fazer saque e voleio que não era algo que eu estava acostumado a fazer já que jogo de fundo.
O nosso objetivo era chegar lá e fazer isso independente se fosse dar certo ou não, sendo no primeiro ponto do jogo ou em um no ad ou um 9/9 no super. E a recompensa desse título vindo foi bem especial.
Jogar os Grand Slams sem dúvida é um marco na carreira de qualquer tenista. Como você se sentiu jogando nos maiores torneios do mundo? Qual seu Slam favorito?
A atmosfera desses torneios é completamente diferente, quando se é pequeno é o sonho de todo mundo jogar lá, e no profissional é o principal objetivo entrar nesses torneios. E na verdade, nas quatro vezes que eu joguei os Grand Slams eu me senti bem, sempre brinco que é muito difícil jogar mal lá, porque as condições são todas perfeitas pra jogar e sempre com muita gente vendo os jogos criando essa atmosfera íncrivel.
Cada Grand Slam tem a sua peculiaridade, mas pra mim Wimbledon é tudo muito lindo e tem um ar diferente. E Roland Garros por ser no saibro, piso que preferido e sempre joguei.
Este ano você encarou os melhores duplistas do mundo e também alguns Top Players de simples que também jogam duplas. Teve algum jogo que você pode escolher como o mais duro até o momento?
Ficaria com dois jogos. O primeiro contra Krawietz/Mies na final do ATP 250 de Munich no saibro esse ano, uma dupla que tem dois títulos de Roland Garros. E o outro contra Ram/Salisbury nas oitavas de Wimbledon esse ano também, atuais líderes do ranking.
Digo esses dois jogos, porque nós fizemos nossa parte, nosso jogo, jogamos bem e mesmo assim acabamos perdendo, por mérito dos adversários. E nas duas situações ganhamos o primeiro set e começamos bem o segundo e eles souberam encontrar a maneira de dar a volta por cima.
Quais são os seus maiores objetivos nessa temporada?
Antes de começar o ano eu estava 67 do mundo, que era um objetivo que eu e o Franco tínhamos no ano passado que era acabar top 70. E pra esse ano tínhamos o objetivo do Top 50 até o final do ano, que acabamos batendo já agora na metade do ano, então a próxima mira é o Top 30.
Qual balanço você faz da temporada de grama e principalmente, da sua participação em Wimbledon?
Eu diria que foi inesperado, dois torneios, um título de 250 e oitavas em Wimbledon. Mas muito feliz com os resultados e com o nível que jogamos. Nos mostrou que podemos ser competitivos e incomodar em outras superfícies também.
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