Dois meses depois, Del Potro não se adapta ao assédio

Prestes a enfrentar Marat Safin, pela segunda rodada do Masters 1000 de Paris, em partida que pode decretar a aposentadoria do russo, o campeão do US Open Juan Martin Del Potroconcedeu entrevista ao diário L´Equipe, na qual se disse assustado com o atenção que a imprensa do mundo todo tem dispensado para ele.

 "Eu imaginava perfeitamente que uma vitória em um Slam exigiria muito de mim tanto física como mentalmente, mas não estava preparado para o que viria depois", admitiu o argentino. "O furação midiático pode ser desestabilizador", concluiu.

Segundo Del Potro, ganhar em Nova York foi um sonho, que mudou sua vida tanto positiva quanto negativamente. "Quase não vi meus pais, minha irmã , foi surreal. Só consegui descansar um pouco no avião para Tóquio (Japão). Quando cheguei na Argentina um país todo me esperava. Dei coletivas de imprensa, fiz sessões de autógrafos, programas de televisão".

Sem conseguir bons resultados e quase sem jogar desde sua vitória em Flushing Meadows, o número 5 do mundo, tem tido, segundo suas declarações, dificuldade, inclusive, de treinar, graças ao assédio, sendo obrigado a se esconder para realizar sua preparação. "Me ilhei. Pelo menos pude fazer uma pequena preparação pro fim de ano, quero terminá-lo bem mesmo que não esteja totalmente em forma".

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