Modalidade pode render medalhas para o país na Rio 2016
Da redação em 1 de Janeiro de 2016 às 10:37
Os próximos Jogos Paralímpicos serão disputados entre o dia 7 e 18 de setembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro. Dentre as 23 modalidades entre 4.350 atletas de 176 países está o Tênis em Cadeira de Rodas.
A variante guarda muitas semelhanças com o tradicional esporte de raquetes. A dimensão da quadra é a mesma: 23.77m de comprimento por 8.23m (na de simples) ou 10.97m (na de duplas). A altura da rede também é igual: com 1.07m nos postes e 0,91m no centro.
A escolha do lado ou do primeiro a sacar também ocorre por meio de uma moeda lançada ao alto pelo juiz, como no tênis. As raquetes e as bolinhas não divergem das comuns e a contagem dos pontos é idêntica, embora os jogos sejam sempre decididos em melhor de três sets.
Entretanto, a modalidade possui suas peculiaridades além do uso da cadeira adaptada. A roda substitui os bolsos na hora de guardas as bolinhas e a principal diferença se dá no fato de que ela pode quicar duas vezes na quadra antes de ser rebatida por um dos tenistas – o que acaba por contribuir para uma disputa mais acirrada.
Nos jogos do Rio 2016, o esporte será divido em duas classes. A primeira é a Aberta, na qual os atletas possuem locomoção debilitada em uma ou ambas as pernas, com movimentação normal dos braços. Já a segunda é a Quad, na qual a limitação se estende para os membros superiores.
A classe Quad será disputada em simples e duplas mistas; a Aberta terá chave de simples e duplas tanto no feminino, quanto no masculino. Na Paraolimpíada, as partidas serão realizadas no Centro Olímpico de Tênis, na Barra, Zona Oeste da capital fluminense.
Maurício Pommê e Carlos Santos foram um dos principais nomes do esporte quando ele ainda era pouco difundido no Brasil. Juntos, foram ouro no Parapan do Rio (2007) e bronze no de Guadalajara (2011); além de terem ganho a chave B do mundial em 2006.
Atualmente, o maior destaque brasileiro é Natalia Mayara. Em agosto, ela alcançou o 18º lugar no ranking mundial da ITF e foi ouro no Parapan de Toronto. Outro atleta que também figura entre os top 20 é Daniel Rodrigues. Pouco atrás dele, na 33ª posição, vem Rafael Medeiros. Todos eles esperanças de medalhas em 2016.
O tênis em cadeira de rodas, entretanto, não se preocupa apenas em curto prazo. Ângelo Silva, Caio Rodrigues, Douglas Silva, Fabio Bernardes, Pedro Fernandes, Vinicius Valentim e Milena Santos defenderam o país e trouxeram quatro medalhas para o Brasil no Parapan da Juventude 2013, em Buenos Aires - prometendo um futuro promissor à modalidade no Brasil.