Brasil mantém chances de vaga no Grupo Mundial II em dia de recorde de Bia Maia na Fed Cup

Mesmo com derrota, atleta de 15 anos é a mais jovem brasileira a atuar na competição; Vivian Segnini foi fundamental para virada contra Venezuela

Da redação em 1 de Fevereiro de 2012 às 19:31

Roxane Vaisemberg e Vivian Segnini vibram após vitória brasileira contra Venezuela por 2 a 1
Após começar com o pé esquerdo o Zonal Americano da Fed Cup na última terça-feira com derrota para o Paraguai, o Brasil reagiu e chegou ao seu primeiro triunfo na competição que está sendo realizada nas quadras do Graciosa Country Club, em Curitiba. O time comandado pelo capitão Eduardo Frick passou pela Venezuela por 2 a 1 e mantém as chances de vaga no Grupo Mundial II, uma espécie de segunda divisão do torneio.

Além da 1ª vitória do grupo brasileiro, a quarta-feira também reservou uma estreia especial. A jovem Beatriz Haddad Maia se tornou a tenista mais jovem do país a jogar uma partida na Fed Cup, com 15 anos e 246 dias. O recorde anterior pertencia a Claudia Faillace, que havia sido a mais nova com 16 anos e 158 dias, em 1965.

Com apenas 15 anos, Bia Maia é a mais jovem brasileira a jogar uma Fed Cup
No entanto, Bia não conseguiu abrir o marcador para o Brasil e caiu frente à Gabriela Paz no primeiro jogo por 7/6(3) e 6/2, em 1h46min. "É um orgulho poder estar participando da equipe. Com certeza, hoje vai ser um dia que vai marcar na minha vida por jogar minha primeira Fed Cup aos 15 anos. Eu joguei relativamente bem, estava bastante nervosa antes do jogo, mas acho que foi uma ótima experiência por ter conseguido superar para levar para a minha carreira essa pressão de representar o Brasil, saber que depende de você. Foi muito bom o dia", declarou a mais nova do time brasileiro.

Frick alterou a escalação do que apresentou no duelo contra as paraguaias e optara por Bia nas simples ao invés de Roxane Vaisemberg. Com desvantagem no placar, o país contou novamente com uma grande apresentação de Vivian Segnini. Invicta até aqui, a paulista de São Carlos começou mal a partida contra Adriana Perez, porém perdendo por 4/1 na primeira parcial, a jogadora levou uma bronca do capitão Frick. O sermão parece ter dado certo e a brasileira fez 10 games seguidos, fechando o jogo em 6/4 e 6/1, após 1h18min.

Para o jogo decisivo de duplas, Frick ousou novamente na escalação e apostou em Segnini ao lado de Vaisemberg. A decisão trouxe resultado e a parceria brasileira fechou o confronto diante de Paz e Perez por 2 sets a 0, com 6/0 e 6/3, dando o 1º ponto ao país no torneio.

Paulista Vivian Segnini ainda está invicta na Fed Cup e iniciou virada brasileira nesta quarta-feira
"Tivemos a felicidade de entrar com a Bia, ela deu uma motivação bem legal. A guria mostrou que quer jogar, que tem lugar. A Bia fez por merecer, lutou, fechou o punho, teve dedicação, se empenhou. Não deu, tudo bem, isso é o jogo de tênis. A Vivian entrou com uma pressão, com um jogo atrás, saiu tomando 4/1 e aí ligou, engatou a segunda, a terceira, a quarta, a quinta, foi pé embaixo e vira o jogo de 4/1 para 6/4 e 6/1. Decidi mudar a dupla por a Vivian estar em um momento muito bom e o jogo casava com ela no fundo e a Roxane na rede", afirmou o capitão após a vitória brasileira.

O país volta à quadra nesta quinta-feira diante da Bolívia, que já tem duas derrotas em Curitiba (ambas por 3 a 0 para Colômbia e Paraguai). As brasileiras contaram com a ajuda da Colômbia, que derrotou o Paraguai e as manteve na disputa em 2º lugar da Chave B.

Colômbia, atual líder com três vitórias, e Brasil jogarão nesta sexta-feira e, para avançar à decisão do Zonal, o time de Frick precisa bater as adversárias compostas por Maria Duque Marino e Catalina Castaño.

Entenda o formato do Zonal Americano da Fed Cup:

O Zonal Americano I, correspondente à terceira divisão da Fed Cup, é formado por nove países, divididos em dois grupos. Canadá, Argentina, Bahamas e Peru formam a chave A, enquanto Brasil, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Paraguai compõem a chave B. As equipes se enfrentam dentro de seus grupos e as duas primeiras disputam uma vaga na repescagem para o Grupo Mundial II. Já as duas últimas duelam para evitar o rebaixamento ao Zonal Americano II. Nesta quinta-feira, o Brasil enfrenta a Bolívia.

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