Carlos Bernardes, considerado um dos melhores juízes do circuito profissional, fala sobre sua carreira no tênis
Carla Destro em 2 de Junho de 2009 às 11:31
Bernardes começou a carreira de árbitro aos 20 anos, "por curiosidade". Ele estudava engenharia mecânica e nos horários livres jogava tênis. "Um dia foi organizado a Copa Federação, reunindo tenistas de 16 países diferentes. O evento era tão grande que faltavam 120 juízes de linha e eu me inscrevi para saber como era. Ali começou tudo", contou.
O brasileiro comparou também a arbitragem do futebol com a do tênis. "O futebol é, de longe, muito mais difícil de arbitrar do que o tênis. Não temos os 22 jogadores, nem os treinadores ou os 50.000 espectadores do estádio. É muito diferente", explicou.
O árbitro revelou que não tem um jogador preferido, pois se interesse pelo jogo dos dois atletas que estão jogando. "Eu gosto de saque-e-voleio; eu jogava assim e adoro ver os tenistas jogando dessa forma", disse Bernardes. "O tênis é muito mais importante agora do que era antes; é algo que noto pela quantidade de gente que vem falar com nós (juízes). Antes o fã não conhecia nenhum juiz."
Bernardes ainda disse que é a favor do 'olho de falcão', mas que seria mais justo se fosse para todos os jogadores, já que atualmente é algo exclusivo para os melhores do ranking. Segundo o brasileiro, "é muito diferente jogar uma partida com o 'olho de falcão' ou sem ele; quando o tem, o jogador tem uma tranqüilidade que lhe permite se despreocupar dessas coisas. Eu gosto de tecnologia, mas gosto que as oportunidades sejam dadas para todo mundo".
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