À espera de filha, Guga tenta usar credibilidade para acabar com ostracismo do tênis feminino no país

Projeto em parceria com CBT e Ministério do Esporte tem 3 jogadoras e catarinense espera que sua presença ajude a tirar modalidade do buraco

Da redação em 16 de Setembro de 2011 às 06:50

Ao lado de Larri Passos, Guga quer fazer com que tênis feminino emplaque no Brasil
Dos 14 participantes do programa idealizado por Gustavo Kuerten para formar jogadores visando os Jogos Olímpicos do Rio/2016, apenas três são mulheres. À espera da primeira filha, o ex-líder do ranking mundial planeja usar sua credibilidade para combater o marasmo no tênis feminino brasileiro.

Ao falar sobre a desconfiança dos pais como fator prejudicial ao surgimento de novas jogadoras, Guga usou a própria situação como exemplo. "Minha esposa está grávida de uma menina agora. Com 14 anos, vou entregar minha filha na mão de um treinador para ficar viajando?", questionou o ex-tenista, rindo.

Ana Clara Duarte é a melhor brasileira no ranking, mas país não tem representantes no top200
Desta forma, Kuerten espera que sua ligação com o programa seja suficiente para vencer qualquer tipo de resistência. "Se a família sabe que o projeto não envolve apenas tênis, mas também disciplina, ganha uma tranquilidade maior. Minha figura traz bastante coisa positiva e todos os pais devem se sentir confortáveis", afirmou.

O projeto, com verba de aproximadamente R$ 2 milhões, é uma parceria entre Guga, Larri Passos, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e o Ministério do Esporte. Ana Clara Duarte, Beatriz Maia e Teliana Pereira são as únicas mulheres entre os 14 selecionados para o programa.

Bia Maia só tem 15 anos e é uma das principais esperanças do país para o futuro
"Precisamos achar um formato que deixe a família confortável, que tenha uma estrutura para a menina se sentir confiante, levando em conta que o grau de amadurecimento da brasileira é diferente do da europeia. As pessoas precisam acreditar, o pai tem que poder entregar a criança", disse Guga.

Andréa Dadá Vieira, 76ª colocada em novembro de 1989, foi a última brasileira a integrar o top100, grupo no qual permaneceu até abril de 1990. Eliminada na primeira rodada do US Open em 1993, ela também é a mais recente representante do país na chave principal de simples de um Grand Slam.

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